Lamborghini, Porsche e lancha: cerca de R$ 14 milhões em bens de luxo são apreendidos no Ceará
Quatro pessoas foram alvos da operação; os suspeitos estavam no Ceará e ostentavam os bens de luxo para atrair mais vítimas, de acordo com a investigaçãoA Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 23, a operação "Restauração" contra uma organização criminosa responsável pela prática de lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e estelionato. A ação cumpriu mandados de busca e apreensão contra quatro suspeitos e apreendeu bens avaliados em cerca de R$ 14 milhões, incluindo oito carros de luxo, lancha, um imóvel e 25 relógios.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Samuel Elânio, explicou que os criminosos ostentavam bens de valores elevados, como Lamborghini e Porsche. O bloqueio de criptoativos (representações digitais de valores no meio virtual) e das contas bancárias dos integrantes do grupo também foi feito.
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Segundo a Polícia, o esquema consistia na abertura de empresas e na criação de aplicações automatizadas que prometiam às vítimas um retorno financeiro com base em investimentos de criptoativos e apostas on-line. O golpe atraía vítimas de diversos locais do País.
Segundo Márcio Gutiérrez, delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, os alvos da investigação costumavam ostentar os itens pelas redes sociais com o objetivo de atrair mais vítimas para o golpe.
“Eles atuavam em pirâmides financeiras, fazendo captação de dinheiro, transformando em criptoativos e criando falsas aplicações, prometendo lucros fáceis na internet. Eles se utilizavam das próprias redes sociais para mostrar sucesso, para ostentar com esses veículos. Eles se utilizavam de mecanismos para dar aparência lícita a esses ativos, que, na verdade, eram captados através de golpes e fraudes”, explicou.
Ao todo, quatro pessoas foram alvos da operação. Os suspeitos estavam, atualmente, no Ceará. Eles ostentavam os bens registrados em nomes de pessoas que serviram como intermediárias.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro (DCLC), do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA), e contou com apoio do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro.
Até o momento, ninguém foi preso, e, segundo a Polícia, a investigação tem como foco a responsabilização criminal dos investigados e o bloqueio patrimonial, com o objetivo da restauração patrimonial das vítimas da organização.
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