Preso suspeito de homicídios e expulsão de moradores no José Walter
Francisco Levi Evangelista é apontado como chefe da facção Guardiões do Estado no residencial Cidade Jardim V
18:42 | Fev. 08, 2024
Um homem suspeito de ser chefe de uma facção criminosa que age no bairro José Walter, em Fortaleza, foi preso pela Polícia Civil nessa terça-feira, 6. Francisco Levi Evangelista, de 22 anos, conhecido como Chinês, ainda é suspeito de praticar homicídios e expulsar moradores no residencial Cidade Jardim V.
As informações constam em relatórios técnicos produzidos pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Ainda conforme a investigação, Francisco Levi é integrante da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e praticou os crimes no contexto da disputa com o Comando Vermelho (CV).
Francisco Levi foi autuado pelo crime de integrar organização criminosa. Em audiência de custódia realizada nessa quarta-feira, 7, ele teve a prisão preventiva decretada.
“A gravidade é acentuada em razão do ‘terror’ que a organização vem causando aos moradores do bairro e ainda promovendo uma verdadeira ‘guerra’ contra a organização criminosa ‘CV’, pela disputa pelo tráfico de drogas”, justificou na decisão o juiz Fabiano Damasceno Maia.
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“A periculosidade é evidente em razão de indícios que o acusado cometeu crimes de homicídio, inclusive sendo um dos comandantes da organização criminosa”.
Francisco Levi já havia sido preso em junho de 2023 suspeito de efetuar disparos contra uma composição do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) também no Cidade Jardim V. Na ocasião, os PMs apreenderam com ele uma carabina Puma calibre .38 e 13 munições.
Em dezembro passado, Francisco Levi ainda se tornou réu por um crime de homicídio registrado no Cidade Jardim V em dezembro de 2022. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), ele foi um dos homens que efetuaram os disparos que mataram Antonio Gilmar Freitas de Sousa, 33 anos, crime ocorrido no Cidade Jardim I.
A investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que os acusados desconfiavam que a vítima havia “pegado droga de outro fornecedor” e, por isso, determinaram a sua execução.