Mulher morta pelo marido no Luciano Cavalcante foi esfaqueada 41 vezes
Justiça aceitou denúncia contra o acusado nessa terça-feira, 6. Mulher foi atingida com 41 golpes de arma branca
O homem preso em flagrante por matar a própria esposa no último dia 31 de janeiro, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, virou réu na Justiça nessa terça-feira, 6. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE) foi ofertada na tarde de terça, tendo sido recebida em menos de uma hora e meia pelo juiz Fábio Rodrigues Sousa, da 3ª Vara do Júri.
Na denúncia, a promotora Márcia Lopes Pereira descreve que laudo cadavérico identificou que a vítima foi atingida por 41 golpes de arma branca. A acusação ainda afirma que os dois eram casados há mais de dez anos e passaram a se "desentender" há cerca de seis meses.
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A mulher revelou a familiares o desejo de se separar do marido, afirmando que sofria violência psicológica por parte dele. Conforme depoimento de testemunhas, o homem costumava diminuir a esposa, afirmando que "ela não era uma boa mãe e era uma má mulher".
Os relatos também apontam que, sempre que ela conversava com ele sobre a separação, este "fingia que nada estava acontecendo". A "pressão psicológica" também se estendia aos pais da vítima, que eram idosos. "(O acusado) ia ao local (casa dos sogros), falava alto e dizia coisas ruins sobre (a esposa)", afirma o MPCE.
A promotora também destacou que o réu premeditou o crime, uma vez que pediu para que o filho dos dois, de 11 anos, saísse de casa, entrasse no carro e colocasse fones de ouvidos.
A própria criança foi quem abriu as portas da residência onde o crime aconteceu após policiais serem acionados por vizinhos devido aos gritos da vítima. “Olha o que ele fez com a minha mãe, ele matou a minha mãe”, disse o menino aos agentes de segurança, com o sangue da mãe pelo corpo.
Na residência, ainda foram apreendidos uma faca tática, que teria sido utilizada no crime, duas armas de fogo, uma espada e um bastão de ferro retrátil. Além da condenação, o MPCE também requereu indenização a ser paga para a criança, cujo valor mínimo é de R$ 40.500.
O POVO não divulga os nomes da vítima e do réu para não permitir a identificação do filho deles.