Tráfico de drogas: mergulhador paulista é preso na Praia do Futuro
Prisão de mergulhador resultou na apreensão de 410 quilos de cocaína em um endereço na Região Metropolitana de Fortaleza. Uma mulher também foi presaA apreensão de 380 tabletes de cocaína em Caucaia, na madrugada desta terça-feira, 6, começou com a prisão de um homem em Fortaleza, na Praia do Futuro. Luan da Silva Nunes, 25 anos, é um mergulhador paulista, suspeito de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC). O caso pode estar ligado ao tráfico de drogas por meio dos cascos de navio, conforme O POVO apurou.
Câmeras do Núcleo de Videomonitoramento (Nuvid) da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) flagraram homens saindo de um carro com sacos pretos, em direção à faixa de areia da Praia do Futuro.
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Equipes do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) e do 22° Batalhão foram acionadas ao local. Luan da Silva Nunes foi abordado, e o outro homem, que já estava no mar, conseguiu fugir.
No interior do carro, os agentes apreenderam três cilindros de oxigênio, um par de nadadeiras para mergulho, duas varas de pescas, cordas, máscara de mergulho, uma identidade do suspeito que conseguiu fugir, um celular e uma caderneta com anotações, onde havia um endereço em Caucaia.
A composição do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionada para o endereço em Caucaia, no bairro Garrote. No local, os 340 tabletes de droga (contendo 410 quilos de cocaína), além de um barco sobre um reboque, foram apreendidos.
Uma mulher de 47 anos, identificada como Cristina Lara Pereira e também natural de São Paulo, recebeu voz de prisão no endereço.
Luan e Cristina foram conduzidos à Delegacia Metropolitana de Caucaia, onde foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, com base nos artigos 33 e 35 da Lei de Entorpecentes.
Com informações da repórter Jéssika Sisnando
Entenda: cocaína em cascos de navios
O POVO publicou em julho de 2023 série de reportagens sobre apreensão de drogas em zonas portuárias do Ceará. As matérias assinadas pelo jornalista Cláudio Ribeiro mostram que a maior quantidade de cocaína produzida mundialmente tem sido distribuída pelo mar.
Os criminosos utilizam para isso o método de ocultar a droga nos cascos de navio. Para isso, a figura do mergulhador profissional tem sido imprescindível às quadrilhas.
O mergulhador atua abrindo a grade da caixa de mar e amarrando a droga na parte interna do casco do navio. Assim, a droga viaja envolta a fitas adesivas e sacos plásticos.
Depois, outros mergulhadores são acionados para concluírem o "resgate" da droga.