Professores de Fortaleza percorrem ruas em manifestação por reajuste salarial

Categoria está em greve desta a última terça-feira, 30, e devem continuar com a paralisação até a próxima quarta-feira, 7

Os profissionais da Educação da rede municipal de Fortaleza percorreram na manhã desta segunda-feira, 5, as ruas da Capital em manifestação pelo reajuste salarial. Os professorem iniciaram ato em frente à Coordenadoria de Gestão de Pessoas, da Secretaria Municipal de Educação, (Cogep/SME), no bairro Dionísio Torres, por volta das 9 horas, e seguiram até a sede da SME. 

A ação fez parte da agenda de paralisação da categoria prevista para esta semana, que tem atividades agendadas até a próxima quarta-feira, 7. Mais de cem profissionais da educação e representantes do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) marcaram presença na manifestação, que foi encerrada por volta das 10 horas.

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Os professores reivindicaram reajuste salarial direto de 10,09%, elevando o piso para R$ 4.580,57. De acordo com a categoria, são 3,62% referente a 2024 e outros 7,64%, pendente desde 2017. Na última sexta-feira, 2, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), propôs reajuste parcelado de 10,3%.

Foi apresentado que, inicialmente, seria pago 3,62% neste mês em referência a janeiro deste ano. O recente seria pago a partir de junho: um adicional de 0,965% ao percentual; incorporação de 5,5% da regência de classe, benefício que equivale a uma gratificação de 20% do salário. Com a proposta, o novo percentual da regência passaria a ser de 14,5%.

De acordo com a presidente do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute), Ana Cristina Guilherme, a decisão de manter a paralisação da categoria reflete na insatisfação da proposta apresentada pela prefeitura. "Se suspende, dá impressão que o prefeito atendeu o que estávamos reivindicando", comenta.

Ainda segundo a representante da categoria, a gestão municipal suspendeu, no mês passado, o pagamento das pecúnias. Em reunião na sexta-feira passada, Sarto destacou que o valor mensal a ser pago do benefício será definido até o final de fevereiro. "A gente quer que a prefeitura nos deem uma data até quarta-feira do retorno do pagamento das pecúnias", espera Cristina.

Outras demandas cobradas pelos profissionais é a recriação dos cargos de técnicos; a revogação da lei que retirou dos novos professores o direito à licença-prêmio; a elevação do teto de contribuição dos aposentados e a aplicação da CLT para os assistentes e professores substitutos.

Para o professor Jander Teixeira, 37, a manifestação é para além do pedido do reajuste salarial, mas um ato de defesa de melhorias na educação e destaca a proposta apresentada da gestão.

"Eles acham que não sabemos fazer conta. Não foi dado os 10%, apenas 4% ainda dividindo. Os 5% que ele [Sarto] diz está dando, na verdade, ele está tirando um valor que já é nosso. Se não gritarmos, vamos perder a cada dia mais direitos", comenta.

A professora Simone Teixeira, 38, comenta que o movimento reflete a importância de mostrar que a Prefeitura de Fortaleza não valoriza o trabalho da educação. "Estamos reivindicando pelo o nosso piso salarial, que é um direito constitucional e que o prefeito Sarto não está respeitando", pontua. 

Conforme a agenda de paralisação dos professores, a próxima atividade está prevista para acontecer nesta terça-feira, 6, na Câmara Municipal de Fortaleza, desta vez, para reivindicar a recriação dos cargos de técnicos, revogação da lei que retirou dos novos professores o direito à licença-prêmio, elevação do teto de contribuição dos aposentados e aplicação da CLT para os assistentes e professores substitutos.

Continuação da greve dos professores deve ser definida na próxima quarta, 7

Na próxima quarta-feira, 7, a partir das 8 horas, os professores da rede municipal de ensino juntamente com o Sindiute realizaram uma nova assembleia na Escola Filgueiras Lima, no bairro Jardim América, para definir se a categoria continua ou suspende a paralisão das atividades em Fortaleza. 

A decisão deve ocorrer mesmo sem a Prefeitura de Fortaleza apresentar uma nova proposta que atenda as reivindicações dos professores. É o que disse a presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme. "Os professores estão muito ávidos de retornar as salas de aula. A categoria deve avaliar um recuo, mas com data de continuidade de paralisação mensal. Vamos passar o ano lutando", garantiu.

As aulas da rede municipal de ensino estavam previstas para retornar no último dia 30 de janeiro, início do ano letivo. No entanto, com a greve dos profissionais, as aulas foram suspensas até o momento.

Confira agenda da paralisação dos professores:

- Segunda-feira, 5: marcha da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep) até a SME.

- Terça-feira, 6: visita à Câmara Municipal para cobrar a recriação dos cargos de técnicos, revogação da lei que retirou dos novos professores o direito à licença-prêmio, elevação do teto de contribuição dos aposentados e aplicação da CLT para os assistentes e professores substitutos.

- Quarta-feira, 7: nova Assembleia às 8  horas, na EMTI Filgueiras Lima, no bairro Jardim América, para definir os rumos da luta.

Atualizada às 13h39min

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