Polícia investiga expulsão de moradores em comunidade do Cais do Porto

Nessa quarta, um suspeito de integrar uma facção da região foi preso após troca de tiros com policiais

17:04 | Fev. 01, 2024

Por: Lucas Barbosa
Imagem meramente ilustrativa. Quatro vítimas foram baleadas durante festa no local (foto: Divulgação/PC-CE)

A Polícia Civil investiga informações que dão conta de que moradores estão sendo expulsos de suas casas na comunidade conhecida como Senzala, localizada no bairro Cais do Porto, em Fortaleza. Na noite dessa quarta-feira, 31, policiais civis trocaram tiros com criminosos na localidade e um suspeito foi preso.

Conforme Auto de Prisão em Flagrante (APF) contra Janderson de Sousa Ribeiro, os policiais estavam investigando as expulsões quando se depararam com dois homens em um beco. Era por volta das 22 horas e o caso ocorreu na rua Titan.

A dupla teria passado a disparar contra os agentes de segurança, mas não houve feridos. Os policiais conseguiram prender Janderson, mas o segundo homem fugiu. Com o suspeito, foi apreendido um revólver calibre 38 com cinco munições e uma pistola calibre 380 com quatro munições.

Na decisão da audiência de custódia a qual foi submetido nesta quinta-feira, 1º, é informado que Janderson desempenha a função de “vigia” da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).

Recentemente, surgiram informações em redes sociais de que a GDE passou a atuar na Senzala, em detrimento da facção Comando Vermelho (CV), que, até então, agia no local.

Na audiência de custódia, a juíza Flávia Setúbal de Sousa Duarte decretou a prisão preventiva de Janderson.

“Assim, verifico que os elementos coletados no auto flagrancial demonstram o elevado grau de reprovabilidade da conduta, pois há indícios de que o autuado desempenhava a função de vigia da organização criminosa GDE, havendo notícias,inclusive, de que infratores estavam expulsando moradores no local onde o autuado foi preso, o que enseja uma atuação mais rígida do Poder Judiciário”, afirmou na decisão.

Durante a audiência, o suspeito afirmou que foi agredido durante a sua prisão, o que levou a magistrada a oficiar órgãos responsáveis para apurar o relato.