Incêndio no Cocó: relatório sobre reflorestamento será entregue ao governador Elmano

Documento elaborado por grupo técnico será entregue na sexta-feira, 2, ao governador Elmano de Freitas. Bombeiros encerram nesta terça, 30, operação de combate

O relatório do grupo técnico responsável por organizar as ações de reflorestamento do Parque do Cocó, atingido por um incêndio em janeiro, será entregue na sexta-feira, 2, ao governador Elmano de Freitas (PT). O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) e a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) anunciaram o encerramento da Operação de Combate ao incêndio na tarde desta terça-feira, 30.

O segundo maior incêndio de grandes proporções registrado na Unidade de Conservação (UC) nos últimos quatro anos teve sua operação de combate finalizada. Foram 300 horas de atuação, 315 mil litros de água e mais de 10 hectares atingidos pelo fogo.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Não foi divulgado se o incêndio foi criminoso ou acidental. Após o 13º dia após o início do incêndio, o grupo de trabalho considerou o fogo 100% debelado. "Os três focos que apareceram por último também foram debelados", afirma Vilma Freire, titular da Sema. 

Por meio de portaria, foi criado um Grupo Técnico de Trabalho, composto por técnicos da Sema, da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), da academia, que está produzindo um estudo sobre o ocorrido e as ações de reflorestamento. 

"A partir desse primeiro levantamento topográfico, de fisiografia da vegetação, os tipos de ambientes, que inclusive já percebemos que são vários", explica Luis Ernesto Arruda, professor do  Instituto de Ciências do Mar (Labomar-UFC) e Cientista-chefe do Meio Ambiente do Estado.

Conforme Arruda, que coordena o grupo formado por especialistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (Uece), o primeiro passo de um estudo de recuperação adequada de área degradada é saber o que havia ali antes. 

"Essa era uma região de salinas, que foram abandonadas. A gente ainda encontra muitos resquícios dessa atividade, o que impediu a regeneração natural do parque ao longo de décadas. É uma área que alaga no período chuvoso. Tem o capim, que foi o principal combustível do incêndio, e regenera super fácil. Foi perdida vegetação de mangue, mas uma área pequena", detalha o pesquisador. Segundo ele, o relatório trás opções de restauração das áreas atingidas. 

Segundo a secretária Vilma, nos próximos dias também será divulgada análise dos prejuízos ocasionados pelo incêndio e a extensão da área afetada. "Desde o dia do incêndio, a gente vem tomando medidas como ampliar a área fiscalizada, aumentar o pessoal que fica no entorno do parque, trabalhando a questão da educação ambiental", afirmou. 

Segundo Teresa Cruz, secretária geral adjunta da Polícia Civil do Ceará, foi instaurado um inquérito policial para investigar o caso. "Estamos fazendo ainda diligências. O laudo da perícia forense foi finalizado. Depois procedimentos para que a gente consiga finalizar e encaminhar à Justiça", explicou. O órgão tem um prazo de 30 dias para finalizar o inquérito. 

De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Ceará, coronel Cláudio Barreto, foram 17 viaturas atuando, em média, durante a operação. "Teve um dia que a Ciopaer fez 61 lançamentos de água. Cada lançamento desses foi uma média de 500 litros. Desde o dia 17, nós (Corpo de Bombeiros) colocamos, em média, 250 litros de água para poder controlar as chamas", disse.

Segundo ele, na segunda-feira, 29, à noite a corporação utilizou um drone termal para verificar se ainda existiam focos de calor, o que não foi identificado.  

Com informações da repórter Ana Rute Ramires

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

parque do coco incendio fortaleza

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar