Criminosos escalam varandas para furtar casas no bairro Jacarecanga, em Fortaleza

Pelo menos duas casas foram alvo de invasões no bairro Jacarecanga. Em um dos casos, uma diarista teve os objetos da casa subtraídos enquanto estava em um supermercado

Em menos de 24 horas, duas casas no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, foram invadidas e famílias tiveram eletrônicos e pertences furtados. Os casos foram registrados na segunda-feira, 29. As residências são próximas, e há denúncias de criminosos escalando varandas de imóveis no bairro.  

Uma das vítimas é uma diarista de 50 anos que reside com a família em uma casa de dois andares. Ela relata ao O POVO que saiu de casa, na rua São Paulo, por volta das 22 horas, pois vai ao supermercado nesse horário rotineiramente para fazer as compras com calma. A mulher comenta que o estabelecimento que ela frequenta fica aberto até meia-noite.

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A vítima afirma que estava a caminho do estabelecimento com a filha, mas percebeu que esqueceu o dinheiro e solicitou que a filha voltasse para pegar a quantia.

A moça foi até a casa, pegou o dinheiro e quando encontrou a mãe comentou que havia um homem desconhecido sozinho na esquina da casa. E que achou a situação estranha. Apesar da preocupação inicial, as duas seguiram e realizaram as compras.

No entanto, ao voltarem para casa, elas foram surpreendidas com o local revirado. Os criminosos furtaram um televisor, videogame, controles de videogame, aparelhos celulares, cartões, brincos e cordões.

Ao verificar que a casa não tinha sinal de arrombamento, a família identificou que o autor do crime escalou a casa e entrou pela varanda. A porta não estava fechada por ser um andar superior.

"A gente acredita que estudaram a nossa rotina. Tem dias que meu marido sai, eu trabalho, às vezes minha filha fica sozinha em casa. E ontem ela ficaria em casa, mas não ficou. E poderia ter acontecido algo pior", ressalta.

A diarista relata que, no momento, passa por dificuldades financeiras e não tem como repor todos os pertences furtados. "Três aparelhos celulares, quatro carregadores. Está fazendo falta", lamenta.

O outro caso de furto foi registrado por volta das 2 horas da madrugada da segunda-feira, 29, no cruzamento das ruas Adriano Martins com Adolfo Campelo. O crime aconteceu com a moradora, uma aposentada de 63 anos, dentro da casa. A mulher dormia no andar debaixo, e os criminosos também escalaram a casa até chegarem à varanda, por onde tiveram acesso aos quartos.

Ao O POVO, a mulher conta que acordou, foi até a padaria, mas não subiu para o primeiro andar da casa. No entanto, o filho verificou que o andar estava revirado e os pertences haviam sido furtados. A vítima cedeu as imagens das câmeras de vigilância à reportagem.

Nas imagens, é possível ver que um dos criminosos permanece do lado de fora e o outro fica dentro da casa, subtraindo os pertences. O homem que ocupa a casa repassa o material do furto para o comparsa, em seguida os dois fogem. 

A aposentada também acredita que os criminosos estudaram a rotina da família, pois no dia do crime o filho havia viajado e o carro, que constantamente era deixado do lado de fora da casa, não estava.

A mulher acredita que a dupla imaginou que o imóvel estaria desocupado durante a madrugada. O prejuízo para a aposentada foi de aproximadamente R$ 3 mil em pertences e eletrônicos. 

"A porta (do andar de cima) estava encostada. Eles levaram ventilador, perfumes, mochila de notebook e até uma extensão. Chegaram e retornaram a pé e seguiram para o lado da avenida Francisco Sá", ressalta. 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que apura as circunstâncias dos furtos a residências. Diz ainda, através de nota, que o patrulhamento é realizado 24 horas no bairro Jacarecanga. " A área conta ainda com saturações realizadas periodicamente pelo efetivo local em serviço extraordinário e com o reforço do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) e do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), que intensificam o patrulhamento nas ocasiões de maior necessidade", afirma a pasta em nota. 

A Polícia Civil orienta que as possíveis vítimas registrem Boletim de Ocorrência (BO) para repassar detalhes dos casos. A SSPDS ressalta ainda que o BO "é um dos relevantes instrumentos em que as forças de segurança pública do estado se baseiam para pautar suas ações preventivas e repressivas à criminalidade".

Atualizada às 17h29

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