Prefeitura de Fortaleza faz campanha contra o assédio em polos de Pré-Carnaval

Por meio da distribuição de material didático, Município busca alertar mulheres sobre sobre onde procurar ajuda em caso de serem vitimadas por assédio ou importunação sexual

O terceiro dia de Pré-Carnaval na Praça do Ferreira, em Fortaleza, nesta sexta-feira, 26, foi reforçado por uma campanha contra o assédio e importunação sexual. Realizada pela Prefeitura, ação deve se estender até o dia 9 de fevereiro próximo e acontece também em outros polos carnavalescos. Objetivo é direcionar mulheres sobre onde procurar ajuda em caso de serem vitimadas por crimes como esses. 

Com o lema “Não é Não, Assédio nem de Brincadeira”, ação foi organizada pela rede municipal de proteção às mulheres vítimas de violência e contou com a participação de órgãos como a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, vinculada a Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS), e o Grupo Especializado Maria da Penha (GEMP), da Guarda Municipal (GMF).

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Enquanto a banda Luxo de Aldeia se apresentava no equipamento, agentes distribuíam um material informativo para as foliãs. Peça informava sobre os serviços que protegem as vítimas de assédio sexual e dava orientações sobre onde buscar atendimento e registrar denúncias. 

De acordo com Cristhina Brasil, coordenadora especial de políticas públicas para mulheres, ação também buscou orientar brincantes sobre como tomar medidas para garantirem a segurança, tais quais: evitar tomar o resto de bebidas deixadas em copo ou pegar carro com estranhos.

"A gente faz várias orientações (...) Elas (mulheres) têm o direito de estarem onde quiserem, vestidas do modo como quiserem, estar com quem quiserem, desde que elas queiram. O não é não mesmo. A importunação é crime e a gente alerta para isso", diz a coordenadora. 

Medida traz sensação de amparo e segurança às foliãs 

Barbara Holanda, 33, foi uma das primeiras mulheres a receber o material no espaço. Acostumada a curtir festas carnavalescas na Cidade, ela aprovou medida e diz ter se sentido mais segura na praça.

“Como mulher eu posso dizer que o nosso corpo não deve ser mais objetificado independente da roupa que a gente veste, o tamanho da roupa, até porque nem precisa estar de roupa curta para a gente sofrer qualquer tipo de assédio, né? Então não é não. Não toca nas mina não. Tô achando super organizado, calmo, tranquilo e policiamento impecável", observa a social media.

Josiane Costa, 36, compartilha do mesmo sentimento: “É muito bom entender que além da polícia tem sempre algum órgão específico para mulher e que a gente pode contar com eles no Pré-Carnaval. Me sinto mais segura e confortável no ambiente sabendo que tem essa segurança com a gente, é muito bom ter alguém para recorrer".

Já a recepcionista Taiane da Silva, 27, conta já ter passado por situações de assédio ou constrangimento desse tipo e reforça a importância do assunto ser falado continuamente. 

"É super necessário, hoje em dia principalmente, é um tema que merece ser abordado sempre, independente de tá em época de Carnaval ou não (...) Nós mulheres infelizmente estamos sujeitas e vulneravéis a isso (...) Me sinto mais segura", diz.

Enquanto ela dava entrevista para a nossa equipe de repórteres, composta por mulheres, um homem se aproximou e tentou contato. Logo em seguida, ele falou coisas inapropriadas para uma das jornalistas do O POVO que estavam presentes, assim como chegou a fazer com outras mulheres que estavam no local. 

Ao saber do fato, policiais foram ao encontro do homem e o repreenderam, em uma ação rápida. Situação, cotidiana para tantas, reforça a importância da ação municipal ser realizada no equipamento e de suas expansão para outros lugares— tornando espaços seguros para mulheres trabalharem, se divertirem ou simplesmente existirem sem medo. (Colaborou Fabricia Braga/Especial para O POVO)

Veja fotos da ação:

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