Cocó: Perícia Forense inicia investigações para definir extensão de área atingida e causa das chamas

Primeiro dia de perícia foi marcado por mapeamento da área atingida pelo incêndio

Com o intuito de averiguar a extensão da área exata atingida pelo incêndio do Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza, e identificar as possíveis causas da ocorrência, a Perícia Forense iniciou, na manhã desta segunda-feira, 22, o levantamento de dados da topografia e de imagens de drones do terreno afetado pelas chamas.

O Parque continua sendo monitorado por equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), bem como pelas Secretarias do Meio Ambiente, de Proteção Animal e da Polícia Militar do Ceará (PMCE).

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Segundo o perito criminal da Perícia Forense do Ceará, Fernando Viana, nesta segunda-feira, 22, o trabalho girou em torno do mapeamento da área. "Hoje realizamos uma análise macro da região atingida, com captação de imagens por meio de drones para buscar dimensionar a extensão afetada", diz.

Ao longo dos próximos dias, ele aponta que será realizada uma análise micro, na qual serão feitas apurações com entrada na mata para tentar localizar vestígios de onde as chamas podem ter sido iniciadas. O incêndio começou na noite de quarta-feira passada e já dura mais de 100 horas.

“Em ocorrências dessas proporções, não há como prever um prazo para conclusão da perícia e das conclusões do laudo. No momento, as equipes dos bombeiros estão realizando o monitoramento da área atingida. Amanhã, a Perícia Forense deve realizar uma análise micro, com entrada na mata, para buscar vestígios do local de origem do incêndio”, afirma.

Estima-se que, pelo menos, dez hectares de terra foram atingidos pelas chamas do incêndio. A informação foi obtida em entrevista realizada pelo jornalista do O POVO, Demitri Túlio, ao capitão Fábio Ximenes Plutarco, do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), na manhã de sexta-feira, 19.

"Teríamos apenas estimativas. Depois que o incêndio for encerrado é que vamos conseguir, com perícia, avaliar melhor esses dados. Mas temos um dado aproximado de dez hectares que foram atingidos, esse número pode aumentar após fazermos uma análise mais aprofundada", afirma o capitão Plutarco.

A Secretaria de Proteção Animal, bem como a pasta estadual do Meio Ambiente, permanecem no local para auxiliar no resgate de espécies encontradas no Parque. Além de cobras, tatus e roedores — os principais afetados pelo incêndio —, foram encontrados vivos gatos, cachorros e uma raposa. Ainda não há, contudo, um levantamento de quantos animais foram mortos e resgatados.

Conforme a pasta, os animais domésticos resgatados no local serão levados para que sejam tomados os devidos cuidados de saúde e, após isso, serão disponibilizados para adoção. Já os animais silvestres também receberão os atendimentos necessários e serão levados de volta à natureza.

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