Incêndio no Cocó: bombeiros identificam três focos remanescentes

Segundo comandante dos bombeiros, sobrevoo pelo Parque do Cocó foi realizado na tarde deste sábado, 20, para identificar pontos que precisam ser contidos

Durante sobrevoo pelo Parque do Cocó, em Fortaleza, no início da tarde deste sábado, 20, agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) identificaram três focos de calor remanescentes na região.

Segundo o comandante geral Cláudio Barreto, os brigadistas realizam resfriamento para conter o fogo subterrâneo. O processo consiste, conforme o bombeiro, em cavar o solo atingido pelas chamas e diminuir o calor.

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Viaturas com tração nas quatro rodas auxiliam o resfriamento, explica o profissional. Isto porque facilitam o transporte de água para reabastecer as bombas costais, espécies de pulverizadores usados pelos brigadistas.

Ainda conforme Barreto, a situação atual do Parque do Cocó não deve ser tratada como incêndio, visto que foi controlada, embora não debelada. Ele sublinha que incêndio se caracteriza como incidente não controlado pelo homem e que tenha a tendência de se alastrar e causar destruição.

Os trabalhos no Parque do Cocó, que começaram na manhã da última quinta-feira, 18, devem continuar na noite deste sábado. Por volta de 19 horas, está prevista a chegada de nova equipe de bombeiros para dar continuidade.

Incêndio no Cocó: esperança é concluir trabalhos neste sábado

A contenção total das chamas no Parque do Cocó estava prevista para a tarde deste sábado. Pela manhã, os brigadistas percorreram o trecho próximo ao bairro Cidade 2000, além da região na altura da rua Sebastião de Abreu.

A equipe do CBMCE se dividiu entre os dois pontos mencionados. 20 agentes do Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), também auxiliaram.

Além disso, uma embarcação percorreu o leito do rio Cocó, saindo das proximidades da Sabiaguaba, para identificar possíveis outros pontos de fogo não detectados anteriormente, segundo Cláudio Barreto.

Objetivo atual, aponta o comandante, é impedir que chamas reapareçam. A esperança, diz ele, é finalizar a atuação no local ainda neste sábado.

“É uma esperança nossa. Estamos aqui para trabalhar. Infelizmente, não tem como dizer um horário correto para terminar. Vamos aguardar. O processo é lento, não resta dúvida”, sinaliza Cláudio.

Secretário executivo de planejamento e gestão interna da Sema, Gustavo Vicentino acrescentar ser “uma esperança empírica, a de que hoje conclua[m]” os trabalhos no Cocó. Conforme o advogado, parte significativa do fogo atinge troncos de árvores, além da vegetação.

Questionado sobre a possível causa do incêndio, Gustavo declara que “não dá para afirmar ainda”. Segundo o secretário, uma reunião deve acontecer na próxima semana, ainda sem data confirmada, para debater o tema.

Ele explica que técnicos da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) coletaram dados e imagens do incêndio durante os últimos dias.

Na reunião prevista para a próxima semana, estarão presentes, além de Pefoce e Semace, líderes do CBMCE, da Sema e do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), que é vinculado à Polícia Militar do Ceará (PMCE).

Incêndio no Cocó: em meio aos brigadistas, uma felina resgatada

Representantes da Secretaria da Proteção Animal do Ceará (Sepa) também estavam presentes no Cocó neste sábado. Os profissionais atuam no possível resgate de animais em risco e feridos. Ainda não há um quantitativo de quantos animais morreram em decorrência do incêndio.

Erich Douglas, secretário executivo da Sepa, explica que animais rastejantes, como cobras, tartarugas e roedores, são as principais vítimas do fogo. Neste contexto, resgatar uma filhote felina foi uma felicidade para a equipe.

No início das atividades dessa sexta, 19, os profissionais encontraram uma gata escondida na parte inferior de uma das viaturas. Quando tentaram resgatá-la, a gata fugiu e adentrou o parque. Ao longo do dia, conta Erich, tentaram alimentar a bichana e atraí-la de volta para a rua, sem sucesso.

Na manhã deste sábado, a equipe da Sema montou um gateiro, espécie de “armadilha” para gatos, para conseguir resgatar a filhote. Batizada de Cocó pelos presentes, a felina pode ter fugido de alguma colônia comunitária de animais, segundo Amanda Luísa, veterinária comissionada na Sepa.

Entre uma ação e outra relacionadas ao fogo, os bombeiros, os auxiliares e as outras pessoas presentes encontraram na gata Cocó um ponto para onde desviar a atenção, mesmo que momentaneamente.

Tem que ter algo lúdico nessa história muito triste”, afirma Gustavo Vicentino, secretário da Sema. Ainda de manhã, a felina foi levada pela veterinária a uma clínica para iniciar uma triagem hospitalar.

De acordo com Amanda, os próximos passos nos cuidados de animais resgatados pela Sepa são vermifugar, verificar existência de pulgas e observar a respiração. Após a checagem clínica, os bichos são divulgados no perfil da Secretaria no Instagram para prospectar possíveis adotantes.

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