Incêndio no Cocó: qual o risco da fumaça para saúde? Médico responde

Diante das diversas nuvens de fumaça que percorreu o Parque do Cocó durante o dia de hoje, 18, saiba risco da fumaça para saúde e o mal que pode causar

Fortaleza amanheceu com uma grande fumaça vindo de um incêndio que teve início na região do Parque do Cocó. Isso acarretou um acúmulo desta nuvem de gás incendiário em diversas regiões da capital cearense.

Cuidados vão desde o perigo da inalação indevida em excesso até dúvidas sobre como eliminar o odor que a fumaça reproduz e fixa em produtos como espelhos, roupas e equipamentos presentes em cada domicílio.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

CLIQUE AQUI para seguir o novo canal com as últimas Notícias do O POVO no WhatsApp

Os principais cuidados que auxiliam tanto a saúde corporal quanto na eliminação do cheiro são a facilitação da entrada de ar em todo o ambiente.

Após a diminuição do excesso de fumaça, portas e janelas abertas facilitam a circulação do "ar limpo". Dessa forma, o vento pode trazer de volta o conforto da respiração sem dificuldades.

Incêndio no Cocó: moradores de diferentes bairros da Capital relatam fumaça e odor forte; VEJA

Incêndio no Cocó: sintomas e risco da fumaça para a saúde

Sobre as complicações que poderiam ser ocasionadas através da inalação de fumaça, O POVO entrou em contato com o médico otorrinolaringologista, Eduardo A. Younes. Ele começou falando sobre os sintomas iniciais em que já há uma predisposição de doenças respiratórias.

“Estamos falando da liberação de pequenas partículas sólidas durante queimadas em grandes centros urbanos. Encontramos situações onde isso pode provocar complicações na via aérea superior, ou seja, nariz e garganta. Inicialmente, essas áreas podem ser atingidas pelas partículas liberadas através das fumaças, causando irritações, coceiras, espirros, coriza, entupimento do nariz, pigarro e voz rouca”, afirmou.

Incêndio no Cocó: previsão é debelar os dois focos identificados até 20 horas; CONFIRA

“Além disso, a via aérea inferior, a parte pulmonar, pode ser afetada, levando à falta de ar, tosse ou ao agravamento de doenças já pré-existentes, como a rinite alérgica. Isso pode ocorrer em pessoas propensas a crises devido à inalação das partículas presentes na fumaça", disse o médico.

"Essa condição pode resultar em uma piora, levando à sinusite e a um processo destrutivo nasal, com a formação de secreções mais espessas. Na parte pulmonar, pode desencadear um processo de pneumonia”, concluiu afirmando quais doenças podem ser prejudiciais nestes cenários.

Sobre a automedicação, ele aconselha não aderir a esse método, pois pode contribuir para outros problemas respiratórios.

“Sempre evite a automedicação, pois às vezes ela pode mascarar sintomas que estejam evoluindo. Tenha muito cuidado e busque orientação médica diante de situações que possam afetar crianças pequenas e idosos. Tenha cautela, pois dessa forma, pode ocorrer um agravamento das crises respiratórias”, aconselhou.

Fogo no Cocó: cuidados necessários para a prevenção de incêndio

Em postagem através de suas redes sociais, a Secretaria de Saúde do Ceará trouxe algumas dicas sobre como prevenir incêndios que possam gerar fortes nuvens de fumaça. Confira todas as prevenções indicadas:

  • Nunca atire cigarros ou fósforos em acessos ou próximos às vegetações.
  • Acompanhar as previsões meteorológicas locais.
  • Não queimar folhas, lixos ou entulhos.

Posicionamento do governo

Pelas redes sociais, o governador Elmano de Freitas (PT) afirmou que os bombeiros trabalham para controlar o fogo, com o reforço de brigadistas da Sema e de policiais militares do Batalhão Policial do Meio Ambiente (BPMA). O governador também informou que determinou “apuração rigorosa sobre as causas do incêndio”.

Números emergenciais

Em caso de emergência, a secretaria disponibilizou números que possam auxiliar e trazer os primeiros socorros em casos de queimadas ou incêndios.

  • Corpo de Bombeiros - 193
  • Defesa Civil - (85) 3104.5518
  • Vigilância em Saúde Ambiental - (85) 3101.5229

Incêndios no Ceará

Em 2023, Ceará registrou mais de 3.200 focos de queimadas em toda a vegetação do estado. Em comparação ao ano de 2022, quando o número foi de 1.312, houve um crescimento significativo de 147%, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O estudo do INPE afirma que é o maior registro desde 2017.

Heliponto do HGF está há dois anos sem funcionar; SAIBA MAIS

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

incendio cocó fumaça saude risco fumaça fumaça mal fumaça fortaleza fumaça sintomas

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar