Incêndio no Cocó: previsão é debelar os dois focos identificados até 20 horas

Frentes de brigadistas da Sema e do Corpo de Bombeiro atuam em dois focos de fogo ainda em atividade, conforme a Secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Vilma Freire

17:57 | Jan. 18, 2024

Por: Ana Rute Ramires
Incêndio no Parque do Cocó, moradores de diferentes bairros da Capital relatam fumaça e odor forte (foto: Samuel Setubal)

Equipes trabalham há nove horas no controle de um incêndio que atinge o Parque do Cocó, em Fortaleza. A previsão, conforme Vilma Freire, Secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), é que os dois focos de fogo identificados sejam debelados até as 20 horas. Segundo ela, não é possível dimensionar ainda a extensão da área atingida pelas chamas. 

Equipes estão atuando em duas frentes, 45 brigadistas da Sema em um foco e 28 do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), em outra área. Segundo ela, devido à fumaça, não é possível identificar ainda se existem outros focos de fogo. 

Ao longo do dia, fumaça e odor forte atingiram diversos bairros da Capital. A mata no local do incêndio não é nativa, mas exótica, capim. 

"A fumaça diminuiu bastante. As duas equipes vão se encontrar, a previsão é debelar até as 20 horas. O helicóptero está fazendo a ação de forma mais célere. A gente ainda não consegue dimensionar o tamanho da área atingida", afirma.

Segundo ela, imagens de drone permitiram identificar os focos de incêndio que são alvo das ações ao longo da tarde. A secretária disse ainda que será feito um plano de reflorestamento da região atingida pelo fogo.

De acordo com a técnica do Parque Estadual do Cocó, Viviane Bezerra, a área onde ocorre o incêndio, não tem incidência de fogo desde 2020. "Em agosto de 2020, a mesma área atingida por um evento de fogo de grandes proporções", informou a pasta.

Pela primeira vez ocorre incêndio no mês de janeiro. Normalmente, ocorre sempre no segundo semestre, "por conta da secura, calor e ventos, típicos da época, baixa o nível de água e seca o capim, que se transforma em combustível para fogo. Um processo natural", detalha a Sema.

O outro incêndio de grande proporção foi o em 2021, na área próxima à avenida Murilo Borges. 

Incêndio no Cocó: investigação da causa

Conforme a secretária Vilma Freire, uma equipe da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), órgão responsável pela inspeção, esteve no local para fazer a inspenção de parte da área para identificar qual foi a causa.

"O material já foi recolhido. A Polícia Civil e a Pefoce vai acompanhar de perto. Se foi criminoso ou se foi causado por ação da natureza. Qualquer fala diferente disso não podemos dar agora porque não temos informação ainda, vai depender do trabalho da perícia", disse. 

Com informações da repórter Mirla Nobre