Cagece leva população em passeio pela história do abastecimento hídrico em Fortaleza

Para participar é preciso preencher um formulário eletrônico. O tour guiado tem duração de 2h30 e será promovido nos dias 17, 24 e 31 de janeiro

Como a água que consumimos em Fortaleza vai parar nos chuveiros e torneiras das residências? Responder essa pergunta é um dos objetivos do projeto Conhecendo Nossa Cidade, realizado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Nos dias 17, 24 e 31 de janeiro, a empresa promoverá um tour gratuito por pontos históricos ligados ao abastecimento hídrico da Capital, compartilhando fatos sobre a evolução do sistema nos últimos séculos.

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Seguindo o percurso do riacho Pajeú, um dos mananciais mais importantes para a história da urbanização de Fortaleza, o público deve iniciar a visita pela Praça da Imprensa, passar pelo Parque Pajeú (ao lado da sede da CDL), pelo interceptor oceânico (obra localizada no calçadão da Beira-Mar) e pelo Centro de Controle Operacional da Cagece, no Vicente Pinzon.

“Fortaleza tem de entender que a água não vem da torneira, ela vem de todos os nossos riachos e rios do semiárido. Utilizando as estruturas de açudes, canais e adutoras de água bruta, ela chega à Fortaleza com segurança e quantidade suficiente. Mas essa suficiência depende muito do consumo racional e adequado de nossos habitantes”, afirma Helder Cortez, assessor da presidência da Cagece e servidor da empresa há mais de 40 anos.

Atualmente, a água que chega na Capital é proveniente da Estação de Tratamento (ETA) Gavião, localizada em Pacatuba ao lado do açude de mesmo nome. Para suprir a demanda dos fortalezenses, esse reservatório é conectado a outros cinco açudes da Região Metropolitana de Fortaleza, ao Castanhão e às águas advindas da transposição do Rio São Francisco, segundo Helder.

Ao sair da ETA Gavião, a água viaja até outro reservatório, no bairro Ancuri, em Fortaleza. “De lá a água é bombeada por adutoras para vários pontos da cidade. Ela desce por gravidade e vem para [os reservatórios subterrâneos] da Praça da Bandeira, da Imprensa, do Pici, da avenida Expedicionários”, conta Valnete Mesquita, geógrafa e educadora ambiental do projeto.

No entanto, o saneamento básico e a água encanada fazem parte da história recente da cidade. Durante o passeio, a equipe de educadores fará um resgate histórico de como as águas do riacho Pajeú foram utilizadas no início da estruturação da Capital, com os primeiros núcleos urbanos se formando nas margens do riacho. Sem preservação, o riacho foi soterrado e poluído com o tempo.

“As cidades estavam voltadas para os seus recursos hídricos. Hoje, com a urbanização, crescimento populacional, industrialização, a cidade virou as costas para os recursos hídricos. Como é importante a gente voltar nosso olhar agora para o riacho Pajeú, dada a importância que ele teve para os primeiros grupos urbanos em termos de abastecimento de água, lazer, higiene e agora ele está invisível”, explica Valnete.

Na segunda parada da visita guiada, no parque Pajeú, localizado no Centro, é possível ver parte do riacho seco, com lixo acumulado e odor. Além disso, no local está uma placa de mármore que marca a construção de uma fonte de água pública durante a seca que assolou o Ceará em 1879.

A iniciativa parte de um produto já realizado, o Conhecendo Nossa Cagece, que já faz visitas guiadas a equipamentos da companhia para grupos de estudantes, de entidades e novos colaboradores. Nas férias deste mês de janeiro, o Conhecendo Nossa Cidade é aberto ao público.

Como participar

Para participar do tour guiado, os interessados devem se inscrever por meio de um formulário online disponível no site da Cagece. A concentração será às 9h na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres. É orientado que os participantes cheguem com 15 minutos de antecedência. Todo o percurso dura 2h30min.

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