Alunos de escola pública de Fortaleza participam de seletivas internacionais de astronomia

Oito estudantes do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros (CMCB), em Fortaleza, foram selecionados no último dia 21 de dezembro para participar da fase presencial das provas para as seletivas internacionais de astronomia. Os encontros, que ocorrerão no Rio de Janeiro durante o mês de março, consistem na etapa final da seleção, que deve escolher os representantes do País nas Olimpíadas Internacional (IOAA) e Latinoamericana (OLAA) da área.

Mais de dois milhões de crianças e adolescentes participaram do processo, que se inicia com a realização da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).

Os estudantes que obtêm o melhor desempenho na prova são anualmente convidados a participarem da primeira fase das seletivas internacionais, realizadas por meio de provas on-line.

Os 200 melhores colocados dos exames se classificam para a fase presencial, da qual os alunos participarão em março. Desses, os 40 jovens que mais se destacarem terão treinamentos para as olimpíadas, de onde serão escolhidos os cinco componentes de cada equipe.

"É o maior número de estudantes entre todas as escolas militares e o segundo maior entre todas as públicas do Brasil nesta etapa tão difícil das seletivas internacionais de astronomia. Aqui, procuramos incentivar os jovens à participação nas olimpíadas, numa parceria sempre proveitosa entre pais, alunos, professores e militares, visando a oferecer as melhores condições a todos", explica em nota o diretor do CMCB e idealizador da disciplina de astronomia da escola, tenente-coronel Albert Arruda.

Fortaleza tem um bom histórico nas seletivas. Desde 2017, a Cidade tem ao menos um representante na equipe da IOAA. Já na OLAA, a última vez que a Capital esteve presente foi em 2020, quando três estudantes conquistaram duas medalhas de ouro e uma de bronze.

Este ano será a terceira vez que o CMCB tem representantes na etapa presencial. Com ensino de astronomia desde 2016, o atual responsável pela disciplina, Romário Fernandes, afirma que a curiosidade dos jovens tem sido essencial para o ganho de conhecimento na área.

“Às vezes você vê um vídeo no Youtube, um filme, ‘que legal um buraco negro’, ‘o que a contece se uma super nova explodir?’ E o que a gente faz na disciplina é sistematizar de uma forma compreensível para os alunos”, conta o professor.