Geração Bilíngue levará 350 estudantes de Fortaleza para intercâmbio na Inglaterra

A maior parte dos alunos é do 8° e 9° do ensino fundamental da rede pública de Fortaleza. Programa é realizada pela Prefeitura

Uma Fortaleza Bilíngue para um futuro de oportunidades. Nesta quarta-feira, 20, foi lançado, no Paço Municipal, o programa Geração Bilíngue, um projeto voltado para que jovens possam se comunicar com o resto do mundo, realize intercâmbios e interaja com estrangeiros que visitam o Ceará.

Como primeira ação, 350 estudantes farão um intercâmbio para a Inglaterra. Deste grupo, 25 participaram do programa Juventude Digital - outro programa da Prefeitura, uma maratona de desenvolvimento de jogos pautados pela sustentabilidade. A maior parte dos alunos é do 8° e 9° do ensino fundamental da rede pública.

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Davi Barroso, secretário da Juventude de Fortaleza, revela que, das 350 vagas, 300 são direcionadas aos alunos da rede pública, e os demais são de iniciativas como o Juventude Digital.

Ianna Brandão, coordenadora do Juventude Digital, afirma que há a possibilidade de ampliar o número de vagas, já que está é uma política permanente na Cidade.

O Geração Bilíngue também abrange outros três públicos: os próprios alunos do Fortaleza Bilíngue, membros da Academia Enem, e os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

"Até fevereiro de 2024, novos editais devem ser lançados", garante Luiz Alberto Sabóia, presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova).

Etapas do intercâmbio

O intercâmbio é dividido em três etapas: pré, intercâmbio e pós. Na primeira fase há seleção dos estudantes, comunicado sobre as regras e um "intensivão" na Embaixada Bilíngue.

No intercâmbio, são disponibilizadas, gratuitamente, as passagens aéreas, passaporte, seguro de saúde, seguro viagem, auxílio financeiro de R$ 2 mil (equivalente a 321,83 GBP na cotação atual), um mês de aulas em escolas inglesas, e no outro expediente atividades culturais, como visitas a museus e a pontos turísticos e estadia em casas de família inglesa credenciadas pelo governo inglês, e um Kit Viagem.

Por fim, o pós-intercâmbio, onde os jovens serão embaixadores e divulgarão para as comunidades a oportunidade de conhecer outros países por meio do programa.

Em 10 anos, 50% dos fortalezenses terão conhecimento de outro idioma

O vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista (PDT), explica que o Fortaleza Bilíngue é uma grande estratégia de desenvolvimento social, econômico e sociológico. "A meta é que 50% da população fortalezense tenha uma segunda língua, seja ela francês, inglês, alemão, italiano, espanhol, entre outras, até os próximos 10 anos", projeta o vice-prefeito de Fortaleza.

Élcio destaca ainda que existe um conglomerado de projetos vigentes dentro do Fortaleza Bilíngue. Por exemplo, todos os cardápios de Fortaleza, com o passar dos anos, devem oferecer uma segunda língua. 

Outro foco é mudar todas as placas da Capital, que estarão em português e em inglês.

Além disso, taxistas, guias turísticos, agências, kitesurfistas e surfistas aprenderão a segunda língua para que possam ensinar os turistas. "Isto aumenta o conforto e a segurança não só da população, mas dos turistas", ressalta Élcio.

Orgulho para a família 

 

Lucas Guilherme, de 15 anos, aluno da Escola Angélica Gurgel, no bairro Messejana, foi um dos 25 vencedores do programa Geração Bilíngue.

Na cerimônia, seus pais, Maria Rosangela Araújo, 50, e Leandro Ribeiro Carneiro, 52, estavam muito orgulhosos e revelaram que Lucas não queria participar. "Não era exatamente o que ele queria seguir. Mas, para honrar os professores, que tinham escolhido ele por ter sido um aluno destaque, a gente pediu para que ele participasse".

Com o apoio do irmão, Ítalo, de 28 anos, que hoje mora na Holanda graças ao emprego de programador, Lucas resolveu participar.

O foco, como de praxe do Juventude Digital, era um jogo com a pauta sustentável. Lucas, e os outros três parceiros, fizeram o "Clean Fighters" (do inglês, Guerreiros Limpos). Um jogo que busca influenciar, principalmente a juventude fortalezense, a ir contra a poluição.

"Quando ganhamos, foi um sentimento de êxtase. Eu nem conseguia acreditar. Fiquei me tremendo", contou o garoto. Esta é a primeira vez que Lucas visitará outro aís.

Por meio da experiência de criar um jogo, Lucas descobriu que "gosta muito de criar". "Descobri que gosto de fazer histórias. E descobri que meu futuro agora é ser programador front-end, que é o que meu irmão faz. Estou começando a estudar programação", encerra.

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