A uma semana do Natal, Centro Fashion registra movimentação intensa
O 13º salário tem aquecido comércio de Fortaleza antes das festas de fim de ano e mantém otimismo de lojistas. Centro Fashion deve receber 1 milhão de pessoas em dezembroO último fim de semana antes do início das celebrações natalinas começou com movimentação intensa para o comércio em Fortaleza. No Centro Fashion, polo comercial no bairro Jacarecanga conhecido pela variedade de lojas, a lotação iniciou ainda cedo na manhã deste sábado, 16, mesmo com as chuvas que atingiram a Capital nas primeiras horas do dia.
Com a chegada do recesso e o incremento do 13º salário, cuja segunda parcela está prevista para a próxima semana (no dia 20 de dezembro), fortalezenses e turistas aproveitaram para comprar roupas de festas e presentes para amigos e familiares.
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Devido ao fluxo intenso de consumidores, quem resolveu ir de carro ou transporte por aplicativo precisou lidar com um engarrafamento que se formou nas vias próximas ao empreendimento bem antes das 9 horas, horário em que os boxes abrem.
O shopping atacadista está aberto desde o dia 5 de dezembro sem pausas e com horários especiais para receber os compradores: de segundas-feiras a sábados, o funcionamento é das 9 horas às 19 horas; aos domingos, das 9h às 16h. Na véspera de Natal, 24, e na virada do ano, 31, o atendimento também será das 9 às 16 horas. Estará fechado apenas nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro.
“Além do movimento, como tem muitas saídas, às vezes o pessoal se desencontra e nisso gera um engarrafamento. Ficam buzinando atrás, só que uma vez que você já está aqui, tem que pegar outro passageiro para sair. E não falta gente, o pessoal é tudo liso, mas comprando. Bota no cartão até dar uma dor [sic]”, brinca o motorista Edilson Paiva.
Já quem foi de ônibus, como o auxiliar de serviços gerais Daniel Lucas, 26, e a estudante de fisioterapia Kethelen Biatriz, 24, teve de lidar com imprevistos decorrentes da chuva, que deixou alguns pontos alagados e semáforos apagados pela Cidade. Apesar dos transtornos, o casal conseguiu chegar cedo — e foi preparado.
“Chegamos às 8 horas e ficamos esperando abrir. A expectativa é de passar 6 horas aqui dentro e pesquisar bastante, então viemos preparados para andar. Vim até de top para facilitar na hora de experimentar as roupas. Aqui, cada andar tem um valor, cada loja tem um desconto, então você tem que andar muito”, detalha Biatriz.
Daniel conta que a meta dos dois é renovar o guarda-roupa. Então, realizaram pesquisas pela internet antes de sair de casa: “Não viemos focando em nenhuma loja específica, mas já vimos peças que a gente gostaria de ter e já encontramos muita diferença de uma loja para outra. Um conjunto de R$ 125 numa loja a gente encontrou por R$ 50 em outra, no mesmo estilo. Também queremos ir no Buraco da Gia, no Centro, mas vimos que aqui teria mais modelos sociais do que lá”.
A professora Janne Mary, 54, que adora jeans, contou com a ajuda da sobrinha, a teleatendente Natalia Karine, 39, que frequenta o Centro Fashion há seis anos e, segundo ela, “sabe bater perna como ninguém”, para procurar peças com um custo-benefício interessante.
“Tem que saber andar. Quem não conhece, se perde nos preços e na qualidade. Como ando aqui desde que inaugurou, já sei mais ou menos aonde ir. As pessoas falam e realmente é verdade, tem muita loja que quer colocar preço de shopping. Mas também tem muita coisa em conta, bonita e de qualidade”, diz Natalia.
Em meio à movimentação frenética e uma verdadeira maratona de compras, os lojistas se mostram otimistas em relação às vendas deste período. Proprietários dos boxes e funcionários relatam que a procura por roupas, acessórios e calçados tem sido excepcional, com muitos clientes que procuram “looks” não apenas para as festividades de Natal e Réveillon, mas também para o ano inteiro.
De acordo com o comerciante Gleison Pontes, dono da Passarela Calçados, a lotação representa uma recuperação para o caixa da loja que, assim como o Centro Fashion e o comércio no geral, segundo aponta Gleison, “teve um ano difícil”.
“Não foi um ano fácil, a gente teve momentos de muito esvaziamento, muita gente endividada, sem poder de compra. Afetou o comércio como um todo, porque as pessoas estão priorizando coisas essenciais, como alimentação, aluguel...”, analisa.
Gleison conta que, mesmo com o horário estendido, precisa chegar até uma hora antes e sair uma hora mais tarde para atender a demanda. "Se tivesse sido assim, como agora, durante uns quatro meses, estava bem melhor. Mas a gente é sempre otimista e eu acredito que ano que vem será mais equilibrado”, pontua.