Dois homens são condenados por matar PM em 2017 no Carlito Pamplona
Réus receberam penas de 17 e 19 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato de Francisco Leandro Conceição Santana
20:13 | Dez. 15, 2023
Dois homens foram condenados em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta sexta-feira, 15, pelo assassinato do policial militar Francisco Leandro Conceição Santana, de 34 anos, crime ocorrido em 24 de setembro de 2017 no bairro Carlito Pamplona.
Breno Soares dos Santos, o “Venta”, foi sentenciado a 17 anos de prisão, enquanto Jefferson Barbosa Ferreira Batista, o “Osso”, a 19 anos e 10 meses. Ambos irão responder ao crime em regime inicialmente fechado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), o PM, que estava de folga, e um amigo trafegavam de carro pela rua Santa Rosa, por volta da 0h20min, quando os acusados suspeitaram que eles poderiam ser integrantes de uma facção rival.
Breno e Jefferson, então, teriam, em motos, passado a perseguir as vítimas, acompanhados de uma terceira pessoa, Josué Ferreira Batista Filho — que também foi denunciado, mas não foi a julgamento por ter sido assassinado em agosto deste ano.
O amigo de Francisco Leandro, que dirigia o carro, acelerou, mas, nas proximidades da linha férrea que corta a avenida Francisco Sá, os dois foram alcançados pelos criminosos. O PM chegou a sair do carro para tentar explicar que não tinha envolvimento com facção, mas foi agredido com um tapa pelos delatados.
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Para tentar defender-se, ele tentou sacar a pistola que portava, mas não obteve êxito. “Nesse momento, a pessoa de Jefferson realizou os disparos contra a vítima, ceifando-lhe a vida”, afirmou o MPCE.
Além do homicídio, Breno e Jefferson foram condenados pelo crime de integrar organização criminosa, já que pertenceriam à época à facção Comando Vermelho (CV).
Os jurados também votaram por acolher as qualificadoras apontadas pelo MPCE: motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A sentença foi proferida pelo juiz Marcos Aurélio Marques Nogueira e o promotor Marcus Renan Palácio foi quem representou o MPCE no julgamento.