Covid-19: Fortaleza tem sábado de vacinação tranquilo em 14 postos

Em Fortaleza, houve aumento de 31% dos casos positivados de Covid-19. Público infantil é o de menor adesão à vacinação, por isso há reforço da imunização neste fim de semana

Com o aumento de casos confirmados da Covid-19 no Ceará, 14 postos de saúde de Fortaleza foram abertos na manhã deste sábado, 2, para um mutirão de vacinação, das 8 às 16h30min. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o objetivo da ação é imunizar quem ainda não completou o esquema vacinal contra a Covid-19 ou não tomou as doses de reforço.

O posto de saúde Célio Brasil Girão, localizado no bairro Cais do Porto, é uma das unidades utilizadas durante o mutirão. Mesmo com a formação de filas em momentos específicos, durante boa parte da manhã o movimento no local permaneceu tranquilo e fluiu com agilidade.

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Moradora do bairro Praia do Futuro, Gercina Pessoa da Rocha Silva, de 62 anos, reservou a manhã de sábado para atualizar sua caderneta de vacinação. “Eu já tinha tomado quatro doses. A minha filha, que é da área da saúde, viu que faltava essa última vacina para mim, e eu aproveitei para vir. A gente tem que se proteger desse perigo”, comenta.

Acompanhada do esposo, filha, genro e netos, dona Gercina também diz que tomou conhecimento do aumento de casos da doença no Ceará. “E agora, principalmente, que a gente tem que tomar. Tomando a vacina, mesmo que a gente pegue Covid, a doença vem mais fraca”, lembra.

No início da manhã, o posto Paulo Marcelo, localizado no Centro, também apresentou pouca movimentação. A estudante Lorena Damasceno, 24, chegou cedo para evitar contratempos. “Vim tomar a vacina bivalente, por que não quero correr o risco de pegar a Covid. Sei o quanto é ruim, até porque peguei no ano passado”, relata.

De acordo com boletim emitido pela SMS, na primeira semana de novembro a média de positividade nos testes RT-PCR entre os residentes de Fortaleza foi de 3,3%, representando um aumento de menos de 1% em relação à média dos três meses anteriores (agosto, setembro e outubro). Contudo, durante o período de 22 a 28 de novembro de 2023, a porcentagem de positividade de residentes de Fortaleza (cerca de 703 amostras de testes RT-PCR analisadas pelos laboratórios da rede pública) atingiu 31,8%.

A coordenadora de imunização da SMS, Vanessa Soldatelli, diz que a estratégia do mutirão é justamente interromper a cadeia de transmissão da doença o mais rápido possível. “Em Fortaleza, temos 2, 3 milhões de pessoas aptas a receberem a vacinação. Aquelas que já concluíram o esquema primário, podem e devem receber a vacina bivalente. Ela é a única que atualmente protege contra as variantes da Omicron, que é a cepa atualmente em circulação”, explica.

Segundo a coordenadora, a meta é que a vacina seja aplicada em, pelo menos, 90% da população. Durante o mutirão, também podem ser aplicadas a vacina contra a Influenza, tendo em vista a aproximação do período chuvoso, além dos imunizantes de rotina oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as faixas etárias.

Ela ainda destaca que, quando a população não se vacina, as mutações do vírus continuam a ocorrer e a doença persiste. Ao garantir uma alta taxa de vacinação, a ideia é que seja possível controlar a propagação do vírus e prevenir novos surtos.

“A vacina bivalente está sendo utilizada para encerrar o ciclo deste ano e, a partir do próximo, a vacina contra a Covid fará parte da rotina do calendário nacional de vacinação. Ou seja, teremos uma vacina anual”, afirma Vanessa Soldatelli.

Vacinação Infantil

Moradora do bairro Praia do Futuro, Jessica de Sousa, 24, levou suas duas filhas para atualizar a caderneta de vacinação contra a Covid-10 no posto Célio Brasil Girão, no Cais do Porto. Esta é a segunda vez que Maria Vitória, de 7 anos, e Laila Sofia, de 3 anos, tomam a vacina.

“Realmente, os casos estão aumentando. A minha [filha] mais nova nasceu bem no tempo da pandemia, por isso eu sempre me preocupo em manter a caderneta de vacinação delas atualizada”, conta a mãe, que também destacou já ter tomado as cinco doses do imunizante.

Conforme explica a coordenadora de imunização da SMS, as crianças são um grupo preocupante quanto o assunto é imunização devido à baixa adesão. “Atualmente, o maior número de óbitos ocorre nessa faixa etária. Vacinar apenas os adultos não protege as crianças. Elas frequentam escolas, shoppings, igrejas, supermercados e ficam expostas ao contato com outras pessoas”, pontua Vanessa Soldatelli.

Nos postos de saúde, crianças podem ser vacinadas contra a Covid-19 por meio de dois imunizantes: a vacina Baby, destinada para até 4 anos; e a vacina pediátrica da Pfizer, para crianças de 5 a 11 anos.

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