Furto ao Banco Central: engenheiro que projetou túnel é preso em São Paulo
Homem estava foragido há 12 anos e não apresentou resistência à prisão
09:46 | Dez. 02, 2023
O engenheiro apontado como sendo o responsável por projetar e supervisionar o túnel que permitiu o furto de R$ 164 milhões dos cofres do Banco Central, em Fortaleza, no ano de 2005, foi preso por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo. Marcos Rogério, conhecido como "Bocão" e "Cabeção", estava foragido há 12 anos e foi capturado nessa sexta-feira, 1º.
A prisão ocorreu em Sorocaba, no interior do estado de São Paulo, com o apoio de equipes da 1ª Delegacia de Patrimônio (Investigações sobre Roubo e Latrocínio). De acordo com informações do portal G1 SP, o procurado teria fugido após ser retirado por homens fortemente armados do Presídio de Itaitinga, no Ceará.
Conforme as investigações, os policiais passaram a apurar denúncias de que o homem estava frequentando um imóvel na cidade de Salto (SP). Com a confirmação das informações, Marcos passou a ser monitorado e foi localizado em um shopping da Zona Sul de Sorocaba.
A abordagem policial foi realizada na avenida Professora Izoraida Marques Peres. O procurado não apresentou resistência à prisão.
Além da captura, foi cumprido mandado de busca e apreensão no imóvel que ele estaria frequentando, localizado no Residencial Icaraí. No local, morava a esposa de Marcos.
Relembre o caso
O furto ao Banco Central ocorreu na madrugada do dia 5 para o dia 6 de agosto de 2005. Uma quadrilha entrou no caixa-forte do banco por meio de um túnel, que passava por baixo de uma das vias mais movimentadas do Centro de Fortaleza, a Avenida Dom Manuel.
Os criminosos conseguiram entrar e sair do local com mais de três toneladas em notas de R$ 50, crime que só foi descoberto no início do expediente, na segunda-feira. O túnel partia de uma casa alugada pela quadrilha, local usado de fachada para acobertar o furto.
Ao todo, dos R$ 164,7 milhões furtados, a Polícia Federal estima que, no máximo, R$ 60 milhões foram recuperados, por meio da venda de bens dos participantes ou pelo resgate de quantias em espécie no decorrer das investigações.