Projetos de estudantes de escola pública são expostos em feira de Fortaleza

Feira do Conhecimento ocorre com o objetivo de popularizar "as novidades e tendências sobre temas relacionados ao universo da ciência, tecnologia, inovação e educação"

A sétima edição da Feira do Conhecimento (FdC) teve início nesta quinta-feira, 30, no Centro de Eventos de Fortaleza. Evento, que segue até o próximo dia 2 de dezembro, contou com mais de 200 expositores em sua abertura e impulsionou, dentre outras coisas, projetos tecnológicos de alunos da rede pública do Ceará.  

Feira ocorre com o objetivo de popularizar "as novidades e tendências sobre temas relacionados ao universo da ciência, tecnologia, inovação e educação". No espaço ocorreram atividades distribuídas em áreas como a de games, robótica e pesquisa, envolvendo o setor empresarial, acadêmico e público.

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Estiveram presentes na abertura representantes da área de ensino como Sandra Monteiro, titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Inácio Arruda, Secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes) e Hidelbrando Santos, reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Na ocasião, Sandra Monteiro destacou que o elo entre os setores empresarial, acadêmico e público é preciso para popularizar o conhecimento e trazer recursos para os produtos expostos na feira. 

"São produtos que para serem ofertados para a população eles precisam de um fomento, geralmente esse fomento é público. Mas que precisa também de uma inserção e de uma integração com o setor, principalmente, empresarial (...) A feira democratiza o acesso a esses produtos", disse a titular da Secitece.

Ainda de acordo com a secretária, a feira tem o poder de fornecer "o acesso a informação, a tecnologia e inspirar pessoas que também ainda não participaram".

Foi em busca dessa inspiração que Mateus André, estudante do segundo ano do EEM Dr. César Cals, esteve visitando a feira durante o dia de hoje. O jovem de 16 anos já atua, junto aos colegas de turma, no desenvolvimento de um projeto de robótica, sobre o impacto dos vídeos curtos nas redes sociais da vida do adolescente. Foi pensando em "aprimorar ideias" para o protótipo que cria que ele esteve no local. 

Já Letícia Soares, estudante do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, foi à feira por conta do interesse que tem na área de tecnologia. Quis conhecer de perto as novidades da área. 

"Eu acho que (a feira) é muito importante para as pessoas saberem da importância e como trabalham as pessoas da área da tecnologia, porque a gente consome isso (tecnologia) o tempo inteiro mas as pessoas não sabem como é por trás", destaca a aluna. 

Projetos de alunos da rede pública ganham destaque 

Além de visitantes, alunos também fizeram parte dos expositores montados no espaço, apresentando e buscando recursos para ampliar projetos que criaram. É o caso de Jonatas Cândido e Francisco Salviano, alunos do 2° ano da Escola Estadual de Educação Profissional Governador Virgílio Távora, no Crato.

Juntos, eles idealizaram o aplicativo Cariri Wildguard, que busca agilizar o processo de salvamento de animais silvestres que circulam na região, permitindo que populares consigam identificar os bichos e por meio do próprio celular solicitar o resgate para as autoridades ambientais. 

Dupla conta que a inspiração para a iniciativa veio após escutarem histórias sobre pessoas que encontraram esses animais e "não sabiam o que fazer com eles". "O aplicativo tem a missão de você ter resgate simples e fácil (dos animais). Ter uma conhecimento melhor da nossa fauna", destaca Jonatas.

Foi observando também a realidade em que vive que Lissandra Santos aluno do 2° ano da escola agrária EEEP Guilherme Teles Gouveia (Escola Agrícola) teve a inspiração para, ao lado de colegas, desenvolver o projeto que levou para a feira: um arador de terra que funciona com auxílio de uma placa de energia solar. 

"Nosso projeto consiste em apresentar ao agricultor uma ferramenta mais simples e sustentável. Durante o dia a dia nós observamos os manejadores da nossa escola agrícola. E vimos a necessidade desses agricultores de ter essa tecnologia", conta a aluna.

O projeto já tem patrocinio, mas Leticia sonha em conseguir executar a iniciativa em grande escala: "Eu acredito que (o arador) melhoraria a vivência deles (agricultores) com a familia, melhoraria a qualidade de vida deles (...) Produzida em grande escala, eu imagino que (ferramenta) seria muito revolucionária, já que normalmente esse tipo de protótipo fica apenas para grandes indústrias", completa a estudante. 

Feira do Conhecimento

Quando: até o próximo sábado, 2, das 14 horas até as 17 horas. 

Onde: Centro de eventos de Fortaleza

Inscrições abertas. Credenciamento é feito no local

Confira fotos do evento:

Com informações da repórter Bruna Lira, especial para O POVO

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