Fortaleza: dois homens invadem associação, espancam advogada e roubam celulares
Vítima foi amordaçada e recebeu tapas e chutes dos suspeitos. A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) investiga o caso
22:49 | Nov. 30, 2023
Dois homens são suspeitos de invadir e assaltar a sede da Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos (Acedh), no bairro Jardim América, em Fortaleza. Durante o assalto, uma advogada voluntária do local foi amordaçada e espancada com tapas e chutes pelos suspeitos armados. A associação ainda teve equipamentos e dois celulares roubados. O caso aconteceu na noite da última terça-feira, 28.
Um membro da Acedh, que preferiu ficar em anonimato, relatou ao O POVO, nesta quinta-feira, 30, que os suspeitos prenderam a advogada em uma sala e começaram a agir com violência após perceber que não havia quantia em dinheiro no local. “A gente não tem montante de dinheiro porque a associação recebe doações”, comenta.
Diante da situação, eles exigiram que a advogada abrisse a conta bancária pessoal dela no celular para tentar transferências. “Ela abriu o aplicativo dela e mostrou pra eles que também não tinha dinheiro”, conta o membro. Os suspeitos roubaram o celular dela e ainda tentaram roubar computadores do local, mas não conseguiram.
A ação só foi impedida devido a uma gravação de podcast que acontecia no primeiro andar da sede da associação. “Eles começaram a perceber uma movimentação por conta da gravação, onde os rapazes começaram a chegar para gravar. Daí eles fugiram”, disse a integrante.
Em nota ao O POVO, nesta quinta-feira, 30, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS) disse que a Polícia Civil do Ceará (PCCE) investiga o caso, que está em andamento. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
A pasta informou que um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) e transferido para a Delegacia do 11º Distrito Policial (DP). A unidade responde pelas ocorrências na área.
Golpes no celular da advogada
O aparelho da advogada roubado pelos suspeitos vem sendo usado para aplicar golpes por meio do aplicativo WhatsApp. O membro da Acedh informou que estão usando a identidade da profissional para pedir pix por meio do aplicativo. “Eles estão mandando mensagens pedindo dinheiro e tentando marcar encontros”, disse a integrante.
Um dos amigos da profissional chegou a enviar uma quantia de R$ 500. As tentativas de golpes pelos suspeitos vêm sendo registradas até esta quinta-feira, 30. Ainda conforme o membro, a advogada não conseguiu cancelar o aplicativo com os seus dados.
A Acedh informou que algumas medidas de seguranças serão adotadas, principalmente em relação a revistas na entrada da entidade. O local destaca que a associação tinha a ideia de ser um ambiente livre, de acesso a todos, sem a necessidade de revistas, mas diante do caso, serão necessárias algumas mudanças.