Inclusão na primeira infância é discutida durante Semana do Bebê em Fortaleza

A Semana do Bebê contará com programação educativa em comunidades, como em postos de saúde, CRAS e escolas

A IX Semana do Bebê de Fortaleza acontece a partir desta terça-feira, 28, e segue até a próxima quinta-feira, 30. Nesta edição, o evento têm a temática “Inclusão - olhar com cuidado desde a primeira infância para garantir direitos”. A programação tem como objetivo mobilizar as comunidades para fortalecer as políticas públicas municipais relacionadas ao cuidado, promoção, prevenção e assistência aos bebês.

A Semana é uma articulação da Coordenadoria Especial da Primeira Infância (Cespi) com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e contará com ações educativas ao longo da semana realizadas em comunidades, como em postos de saúde, CRAS e escolas.

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Para abrir a programação, foi realizada uma cerimônia na manhã desta terça-feira, 28, no Paço Municipal de Fortaleza. A ocasião reuniu gestores e técnicos vinculados às políticas públicas relacionadas à criança.

Angélica Leal, secretária de Primeira Infância da prefeitura de Fortaleza, declara que o foco da iniciativa é garantir os direitos desde a primeira infância, direcionando ações para profissionais de saúde, mães e pais. “Temos como objetivo chamar a atenção da sociedade para a prioridade dada às gestantes e crianças de zero a seis anos, especialmente os bebês de até dois anos”, declara a secretária.

A gestora ressaltou a importância de abordar a inclusão de forma integrada, envolvendo profissionais de diversas áreas, especialmente nas áreas de educação, saúde e assistência. “Embora as crianças nessa fase não tenham necessariamente um diagnóstico, como o de transtorno do espectro autista (TEA), é crucial que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais comportamentais para orientar as famílias”, pontuou.

Em Fortaleza, um dos serviços destaque no atendimento de crianças com possíveis atrasos cognitivos e motores são os Núcleos de Desenvolvimento Infantil (NDI). Atuante do NDI do posto de saúde Sandra Maria Faustino Nogueira, localizado no bairro Vicente Pinzon, a fisioterapeuta Kathleen Viana explica que o objetivo é integrar a criança ao ambiente familiar e escolar.

"Nós temos uma equipe formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistente social, profissional de educação física e psicólogos. No NDI concentra-se em crianças de zero a três anos, visando uma intervenção precoce, especialmente para crianças com Autismo e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)”, comenta a profissional.

O serviço, contudo, também abrange crianças com paralisia cerebral, síndrome de Down e diversas outras condições, priorizando intervenções na primeira infância. Atualmente, Fortaleza conta com 20 Núcleos de Desenvolvimento Infantil (NDI).

"Muitas vezes, crianças chegam com um atraso do desenvolvimento motor, não por conta de uma patologia mas por falta de estimulação. Crianças com TEA, que passam a ter melhorias absurdas na interação social e redução de estereotipias”, exemplifica a fisioterapeuta.

Também participante da abertura da nona Semana do Bebê, o secretário municipal de Saúde, Galeno Taumaturgo, relembrou a proposta de integrar o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na ferramenta “Segunda Opinião”, recurso online que permite a troca de informações entre o médico do posto de saúde e um médico especialista.

“Visamos proporcionar esse suporte às crianças e evitar que adultos cheguem ao diagnóstico de autismo, sem nunca terem tido conhecimento sobre a própria condição”, comenta o secretário.

 

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