Prefeitura lança Selo Escola Antirracista para incentivar consciência sobre o tema

Este mês de novembro é marcado pelo Dia de Zumbi de Palmares e da Consciência Negra. Evento foi realizado nesta sexta-feira, 24, na Academia do Professor Darcy Ribeiro (Aprof)

21:41 | Nov. 24, 2023

Por: Ana Rute Ramires
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 24-11-2023: Fotos: Escola Selo Antirrascista. (Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo) (foto: Yuri Allen/Especial para O Povo)

O antirracismo se promove no cotidiano, durante todo o ano. Um local decisivo para que a reflexão e prática sobre isso seja proporcionada é na escola. Com esse objetivo, a Secretaria Municipal da Educação (SME) lançou, nesta tarde, 24, o Selo Escola Antirracista. Evento aconteceu na Academia do Professor Darcy Ribeiro (Aprof), em Fortaleza

A iniciativa visa estimular e reconhecer as escolas da rede que se dedicam ao trabalho acerca das relações étnico-raciais ao longo do ano letivo. No próximo ano, as unidades que conseguirem atingir a meta estabelecida de atividades relacionadas ao tema receberão o selo.

"O selo possui um conjunto de protocolos, de metodologias que acontecem ao longo de todo o ano. Por isso que o tema é 'Por uma educação antirracista de novembro a novembro'", explica Jefferson Maia, secretário adjunto da Educação de Fortaleza. 

Ao longo de todo o ano letivo, ações interdisciplinares devem ser realizadas em sala de aula, assim como eventos e formações de profissionais. "No ano que vem, as escolas que atingirem o perfil, que se mostrarem efetivamente escolas com a rotina pedagógica antirracista receberão o selo como uma forma de reconhecer todo o trabalho", detalha.

Segundo ele, a secretaria deve lançar edital com a estruturação das ações a serem desenvolvidas, metodologias, a pontuação, os núcleos avaliados  e a plataforma onde devem inserir as informações. Cada escola tem que compor uma comissão para desenvolver o projeto.

Para Mônica Costa, coordenadora de Diversidade e Inclusão da SME, o selo vem para reforçar a importância do trabalho que já vem sendo desenvolvido. "A gente entende que toda a transformação social como o combate ao racismo passa pela educação", frisa.

Ela salienta que o tema deve ser abordado de forma interdisciplinar e transversal em todas as disciplinas. "Temos conteúdo para tratar em todas as áreas dada a riqueza e diversidade que esse tema nos permite". 

O professor Adriano Ferreira, história, Escola Municipal de Tempo Integral Nossa Senhora de Fátima, já trabalha o tema na sua prática docente. "Em sala de aula, eu coloco de modo transversal. Sou professor de História, nos assuntos onde tem uma brecha onde eu possa colocar essa temática, ela é colocada", afirma. 

Evento contou com roda de conversa de professores sobre "Consciência Negra" e palestra "No chão da escola: A Lei 10.639 no currículo da Educação Básica", com o professor Davison Souza.