Supostos golpes de empresa de viagens podem ter causado prejuízo de até R$ 500 mil

Um dos sócios da empresa foi preso. Pelo menos, 15 pessoas prestaram queixa

O prejuízo causado por supostos golpes aplicados por uma empresa de viagens pode somar mais de R$ 500 mil, estima a Polícia Civil. Nessa quinta-feira, 9, operação policial cumpriu, no bairro Aldeota, mandados de busca e apreensão contra os dois sócios da Multitur, sendo que um deles também teve ordem de prisão preventiva expedida.

Conforme divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a empresa vendia pacotes de viagens internacionais, mas, pouco antes da data em que a viagem ocorreria, era comunicado o cancelamento, sob pretexto de que não haviam conseguido atingir o número necessário de pessoas.

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Os clientes, entretanto, não recebiam reembolso. Pelo menos, 15 pessoas prestaram queixa sobre o golpe. A primeira vítima que procurou a Polícia perdeu em torno de R$ 11 mil, afirmou o delegado Amando Albuquerque, titular do 2º Distrito Policial.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão preventiva de ambos os sócios, mas a Justiça só decretou a prisão de Gustavo Sérgio Maia Aguiar. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, a Polícia encontrou na casa do segundo alvo uma carabina Winchester calibre 44, para a qual ele não tinha registro e, por isso, houve a prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.

A arma tinha “aspecto arcaico” e estava desmuniciada, mas era “possivelmente eficaz”, apontou o APF. O suspeito chegou a passar mal durante a prisão e foi encaminhado a uma unidade hospitalar. A Polícia Civil arbitrou fiança, que foi paga, e ele teve a liberdade restituída.

O POVO opta por não divulgar a identidade do segundo suspeito, pois não há ainda acusação formal contra ele e o crime pelo qual foi autuado é de menor potencial ofensivo.

O advogado que representa Gustavo Sérgio afirmou que não teria como se posicionar sobre o caso, pois a investigação tramita em segredo de Justiça e ele ainda não teve acesso aos autos.

Já o representante do segundo alvo afirmou que ainda não se manifestou na esfera judicial e, por isso, não gostaria de fazer uma declaração sobre o caso no momento. Entretanto, ele assegurou a sua inocência.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos aparelhos eletrônicos como celulares, notebooks e pen drives que subsidiarão o restante das investigações.

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