Primeiro documento de identificação civil emitido no Ceará completa 100 anos

O primeiro beneficiado pelo documento foi Ildefonso Albano, governador da época

O primeiro documento de identificação civil emitido no Ceará completou 100 anos de existência nessa terça-feira, 31. Hoje, o Registro Geral (RG) é fundamental. Ele é como se fosse o documento “mãe” dos brasileiros. É a partir dele que a pessoa pode retirar outros documentos e ter acesso a serviços básicos do dia a dia, como abrir contas bancárias, obter serviços governamentais etc.

O governador da época, Ildefonso Albano foi quem fez o registro do primeiro RG do Ceará. 

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“Hoje [dia 31], é a data do centenário da identificação civil no nosso Estado. É a data da emissão da primeira carteira de identidade, que era utilizada na época”, cita Ricardo Filgueiras, coordenador de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).

Ildefonso foi governador do Ceará entre 1923 e 1924. Ele, além disso, também foi prefeito de Fortaleza entre os anos 1912 a 1914 e 1923 a 1924. Durante a gestão na Capital, ele realizou a reforma urbanística de áreas importantes da Cidade, como a Praça General Tibúrcio e o Parque da Independência, atual Parque das Crianças.

“A identificação civil começou para que o considerado ‘cidadão de bem’ pudesse se identificar em um momento de abordagem da Polícia ou em um ato civil. [...] Inicialmente, o documento continha vários dados biográficos da pessoa e ainda ficava, na chefatura de polícia, impressões digitais e registros fotográficos, além de características físicas”, explica Ricardo. 

Segundo o coordenador, não existiam limitações de quem podia ou não emitir o documento. “Não havia restrição nenhuma. [No começo] Várias autoridades foram beneficiadas pela emissão, mas logo depois começou para a população. Qualquer pessoa do povo poderia chegar e solicitar o documento.”

“Hoje, no estado do Ceará, nós temos um total de 17 milhões de documentos desde o número um. Então, vamos supor, se Ildefonso tivesse [vivo], a gente conseguiria comparar os dados e as impressões digitais atuais com a base de dados de 100 anos atrás. Nós fomos formando um banco de dados.

Com informações da repórter Lara Vieira

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