Primeiro posto de saúde itinerante de Fortaleza é inaugurado no Conjunto Ceará

Outros dois equipamentos devem ser entregues na próxima semana nos bairros Floresta e Curió. Ao todo, a Capital deve contar com seis carretas alocando unidades de saúde móvel até o fim do ano

Foi inaugurado nesta terça-feira, 31, o primeiro posto de saúde itinerante de Fortaleza no bairro Conjunto Ceará. O equipamento atenderá a população do bairro e das adjacências, como Granja Portugal e Autran Nunes, enquanto a Unidade Básica de Saúde (UBS) Maciel de Brito passa por requalificação. A unidade móvel é um das seis carretas do programa Vem Saúde.

Durante a entrega da unidade, o prefeito José Sarto comentou sobre o começo da operação temporária do equipamento, que deve durar de sete a oito meses, período em que o posto de saúde Maciel de Brito passará pela reforma. O início das obras no posto, no entanto, ainda não foi definido pela gestão municipal. 

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“As carretas atenderão a mesma quantidade de usuários do posto que está sendo ou reformado ou demolido. Vai ficar aqui até o término da requalificação. A população não vai precisar sair para outro local”, disse Sarto.

Dentro do programa “Vem Saúde”, lançado em setembro deste ano pela Prefeitura de Fortaleza, além das unidades de saúde móveis, está prevista a entrega de medicamentos em casa por meio de triciclos elétricos chamados de “Tuk-Tuks dos Remédios”.

Ainda segundo o prefeito, os profissionais que atuavam no posto de saúde Maciel de Brito vão trabalhar na carreta do posto itinerante durante as obras de requalificação da UBS. 

“A população que está aqui continua sendo atendida aqui no local pelo mesmo profissional que conhece o problema dela, que é da estratégia saúde da família, do seu grupo”, comenta o gestor municipal.

O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Galeno Taumaturgo, detalha a estrutura do equipamento. “São três consultórios odontológicos, com todo equipamento completo. Unidades móveis vão permanecer servir para outros locais onde a densidade populacional, onde haja a necessidade de um posto de saúde”, pontua.

Os equipamentos têm o objetivo de levar todos os serviços de saúde ofertados nos postos. Dentro do cronograma da gestão municipal, os próximos equipamentos serão entregues nos bairros Floresta e Curió, com 75 m² e 45 m², respectivamente.

Antes, a previsão era que três unidades iniciariam as atividades ainda neste mês de outubro. A Prefeitura prevê que os outros três postos itinerantes de médio porte devem ser entregues até o fim do ano, sendo que os dos bairros Floresta e Curió estão previstos para a próxima semana. 

O valor inicial do investimento das seis carretas é de aproximadamente R$ 4 milhões.

As unidades operam em carretas com consultórios médicos e odontológicos, sala de espera para triagem e para atendimento, além da instalação de anexos em contêineres, acolhendo farmácia, laboratório, sala de vacina, área administrativa e banheiros.

Os postos itinerantes de grande porte têm 75 m² e contam com quatro consultórios para atendimento médico e de enfermagem, além de três consultórios odontológicos. As unidades de médio porte têm 45 m² e contam com dois consultórios clínicos e um consultório odontológico. 

População critica estruturas e demora nas filas de atendimentos

A dona de casa Roberta Rodrigues, 41, moradora do bairro Conjunto Ceará, que foi procurar atendimento clínico geral nesta manhã, avaliou que o equipamento é uma “improvisação” feita pela gestão municipal. Ela também critica a falta de inclusão para a população idosa e com deficiências, tanto físicas quanto ocultas.

“Os idosos não conseguem subir nos contêiners porque não há escadinhas. É provisório? É, mas não foi muito bem pensado. Aqui é no sol quente. Para quem tem filho autista, não é bom. Incomoda. No posto de saúde, vêm pessoas doentes, aí como uma pessoa doente sobe em uma bancada [estrutura da carreta]? Um idoso tem dificuldade de subir. Alguns detalhes precisam ser reestruturados. Aqui não tem nem rampa para cadeirantes”, critica.

A aposentada Célia Rejane Cipriano, 65, que é atendida no posto de saúde Maciel de Brito há mais de 20 anos, reclamou das filas demoradas. “A expectativa era que fosse algo bem organizado para começar os serviços. Eles falaram que vão ser instaladas umas escadinhas no acesso às salas, principalmente para os idosos, né? A gente espera que ajuste algumas coisas aqui”, pontua.

O servente Raimundo Nonato de Souza, 54, disse que demorou mais de uma hora na fila para receber seus medicamentos na farmácia do local. Ele, que é morador da Granja Portugal, informa que também era atendido no posto Maciel de Brito.

Segundo ele, a demora para receber os remédios também acontecia na unidade que será reformada. “A fila quase não andou. Tudo do mesmo jeito. A gente acha que pode melhorar com um novo, mas está do mesmo jeito.”

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