Segunda etapa das obras do Parque Rachel de Queiroz será entregue em fevereiro de 2024
Estão sendo executadas intervenções nos trechos 3 e 4 do projeto do Parque, localizados no entorno da Lagoa do São Gerardo, Praça da Mãe Rainha e Polo de Lazer da Sargento Hermínio. Os serviços correspondem a construção de calçadas, com nova pavimentação, serviços de drenagem, novos bancos e vias internas, além de ciclovias e reformas de equipamentos existentesA segunda etapa das obras de requalificação do projeto do Parque Rachel de Queiroz, no bairro Presidente Kennedy, em Fortaleza, tem previsão de entrega para fevereiro de 2024. Estão sendo executadas intervenções urbanas nos trechos 3 e 4 do projeto, localizados no entorno da Lagoa do São Gerardo, Praça da Mãe Rainha e Polo de Lazer da Sargento Hermínio. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), responsável pelas ações, 60% dos serviços estão finalizados.
Na Lagoa do São Gerardo está sendo feita a construção de calçadas, com nova pavimentação e implantação de mobiliários, além de ciclovias. Localizado no bairro Monte Castelo, o Polo de Lazer da avenida Sargento Hermínio passa também por intervenções. O POVO esteve no local na quarta-feira, 25, e constatou, até o momento, apenas a instalação de novas calçadas com novos pisos.
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A Seinf garante que ainda haverá a construção de vias internas e a reforma dos equipamentos do local, como o anfiteatro, quadras e Areninha. Em entrevista ao O POVO, o titular da pasta, Samuel Dias, detalhou as ações e destacou a construção de uma Escola Areninha no Polo. O projeto pretende beneficiar 320 alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental, oferecendo reforço de disciplinas e atividades no contraturno escolar.
“A gente tem praças, áreas de lazer de parque infantil, ciclovias, uma via interligando os dois lados da lagoa, que antes não existia, e que integra o Polo da Sargento Hermínio com o entorno da lagoa. Também estamos implantando vias de acesso local e arborização. Temos uma novidade, que é a Escola Areninha, que vai trazer mais movimento e vida à região do Polo de Lazer”, comenta Samuel.
Ainda segundo Samuel, ações de requalificação impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas do entorno, visto que garante o uso dos locais com segurança, além de promover a proteção dos recursos hídricos localizados nas áreas. “São pontos que eram utilizados como ponto de entulho e descarte irregular de lixo, sendo substituído por um parque que dá opções de lazer e encontros em áreas de menor IDH, que tem poucas opções de lazer”, destaca o secretário.
As obras da segunda etapa do parque tem investimento de R$ 11 milhões e apoio financeiro do Banco Mundial (Bird). As ações de requalificação do projeto Parque Rachel de Queiroz foram iniciadas em 2020 e a primeira etapa das intervenções foi entregue em fevereiro do ano passado e contou com recurso de R$ 20 milhões.
Inicialmente, os serviços foram realizados nos trechos 1, 2, 5 e 6 do projeto. A secretária executiva da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Juliana Brauner, informou ao O POVO que o projeto prevê 19 trechos. “Hoje, em previsão de conclusão, a gente tem até o trecho seis”, disse.
Ainda segundo Juliana, à medida que as etapas forem sendo concluídas e entregues, demais trechos serão incluídos nas outras fases do projeto. A expectativa, segundo Juliana, é que a população usufrua dos locais, assim como foi feito nos trechos iniciais que receberam os serviços de requalificação no Parque Rachel de Queiroz.
O projeto do Parque Rachel de Queiroz é a segunda maior área verde e urbana do Estado, com 203 hectares. O projeto faz parte do programa Fortaleza Cidade Sustentável, conduzido pela Seuma.
A secretária-executiva da Seuma frisa que o espaço antes era um local de degradação ambiental. “Antes da implantação do parque, o local era um terreno baldio usado para depósito de lixo”, comenta. A pasta também informou que, por meio do projeto, foi feito o plantio de mais de 2.400 plantas.
“Beneficiou toda a sociedade e permitiu integração das classes sociais”
Morador do bairro Presidente Kennedy há 20 anos, o recepcionista Francinaldo Silva, 51, diz que observou a “integração de classes sociais” após a implantação do Parque Rachel de Queiroz. “Hoje é um diferencial. Antes, não existia esse local de lazer e as pessoas não tinham esse contato. E hoje todos estão juntos, seja pela escolinha de vôlei, futebol. Tem um avanço no quesito de melhoria do próprio ser humano”, comenta.
Para a secretária executiva da Seuma, Juliana Brauner, o projeto impacta na qualidade de vida das pessoas. “Ele tem como meta qualificar os espaços urbanos e ampliar as áreas verdes da Cidade possibilitando que a população utilize esses espaços, tanto para lazer como para trabalho e deslocamento, visto que o local tem estrutura cicloviária”, ressalta.
A estudante Raissa de Oliveira, 25, relembra que, antigamente, o local era tomado por lixo e sem iluminação, o que aumentava a sensação de insegurança dos moradores. Ela conta que, com o projeto, a dinâmica do bairro mudou positivamente. “A economia é uma mudança porque gerou bastante emprego aqui no entorno, que vai de comida até roupas. Aumentou a segurança e agora a gente tem opções de lazer. Deu vida para o bairro”, relata.
No Polo de Lazer, a contadora Luiza Teixeira, 39, diz que aguarda a finalização das obras no local. Segundo ela, a expectativa é que possa ser um local seguro para os moradores do bairro. “A gente vê pequenas mudanças ainda. Até agora é possível perceber essa nova pavimentação, mas ainda falta fazer muita coisa”, aponta.
O projeto do Parque Rachel de Queiroz prevê beneficiar mais dez bairros das regionais II e III. São eles: Monte Castelo, Alagadiço/São Gerardo, Presidente Kennedy, Pici, Antônio Bezerra, Dom Lustosa, Henrique Jorge, Autran Nunes, Via Ellery, Parquelândia, Amadeu Furtado, Bela Vista, Padre Andrade e Genibaú.