"Evangelizar É Preciso" lota Aterro e calçadão da Praia de Iracema em 16ª edição

Com tema "Por Suas Santas Chagas vem a vitória", mensagem do evento foi o clamor pela paz

A 16ª edição do Evangelizar É Preciso, considerado o maior evento católico do Brasil, ocorreu neste sábado, 28, na Praia de Iracema. Fiéis lotaram o Aterro e o calçadão para ouvir a missa celebrada pelo padre Reginaldo Manzotti nesta tarde. Com cadeiras de praia e banquinhos para aguentar as longas horas de evento, religiosos de todas as idades ouviram as palavras do sacerdote, rezaram e cantaram a fé.

A programação iniciou-se com o Terço Mariano e foi finalizada com o show do padre Reginaldo Manzotti. No início da Santa Missa, às 17h, o padre agradeceu ao arcebispo dom José Antônio Aparecido Tosi Marques pelo apoio dado ao evento durante o tempo à frente da Arquidiocese de Fortaleza. Depois, dom Gregório Paixão, novo arcebispo nomeado pelo papa Francisco, conversou com o público a distância, por meio de vídeo ao vivo.

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Para Bernadete Monteiro, 51, que comparece desde o primeiro evento, o momento é gratificante. “Vim por Deus e pela celebração do padre Reginaldo Manzotti”, diz a dona de casa, que estava acompanhada da irmã. Ela explica que só deixou de ir ao evento durante a gravidez da filha e durante a pandemia. “Passei maio de 2021 inteiro internada [com Covid-19], nas mãos do senhor, mas ele me trouxe de volta”, conta.

Com o tema “Por Suas Santas Chagas vem a vitória", a edição de 2023 foca na mensagem pela paz, segundo Reginaldo Manzotti durante coletiva de imprensa concedida na quinta-feira, 26. “O evento será uma prece. Nós precisamos parar a violência que destrói vidas, famílias e leva a tantas lágrimas”, disse.

O paratleta Adriano Verçosa, 46, também conta que participa do evento para “ouvir a palavra de Deus”. “A gente se sente bem ouvindo, participando. E viemos para pedir paz também, o mundo está muito complexo, lá fora e aqui também”, afirma. Ele e o amigo também paratleta Paulo Evair, 36, reclamaram de não conseguir acessar a área destinada a pessoas com deficiência.

Socorro Alves, 62, foi ao evento com as amigas de infância. Algumas já tinham ido em mais de dez edições, outras participavam pela primeira vez. “A gente vem pela fé e pelo carisma do padre, que traz jovens, adultos e crianças para celebrar”, conta. Socorro afirma que no ano anterior fez um pedido durante o Evangelizar para conseguir se aposentar. A resposta positiva para aposentadoria veio alguns meses depois, deixando a católica mais confiante em sua fé.

A diarista Sádia Maria Almeida, 49, e outras 41 pessoas da comunidade em que mora, na cidade de São Gonçalo do Amarante, foram em caravana para o Aterro. Jovens, crianças, adultos e idosos compartilharam um ônibus e assistiram à missa juntos. “Fazemos isso só para o Evangelizar”, disse.

Os ônibus e vans que levaram os fiéis ao evento eram vistos por quem passava pela avenida Monsenhor Tabosa e Abolição. Os veículos foram estacionados nas vias principais e nas ruas do entorno. A presença de agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) foi necessária desde as 5h deste sábado e continua até depois do fim do evento.

Segundo a Prefeitura de Fortaleza, 80 agentes e orientadores disciplinaram o tráfego, 127 guardas municipais fizeram a segurança do evento, 190 agentes de Atividades Urbanas e Vigilância Sanitária da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) controlaram o comércio e 45 garis e três fiscais ficaram responsáveis pela limpeza do aterro antes e depois do festival.

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