Final da Sul-Americana: Capital não terá esquema especial para fiscalizar barulho de fogos
A Agefis seguirá com equipes visando fiscalizar de forma geral os eventos que ocorrerão neste fim de semana em Fortaleza
14:24 | Out. 28, 2023
Um esquema especial para fiscalizar barulho de fogos na cidade, nos momentos que antecedem, durante e após a disputa da final da Copa Sul-Americana, não foi montado pela Prefeitura de Fortaleza. O uso de fogos de artifício e explosivos que causem barulho em eventos públicos e particulares é proibido por lei (n° 11.140/2021).
A Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) estará com equipes em toda a Cidade fiscalizando a questão dos fogos de artifício, de paredão de som, entre outros protocolos da autarquia, de forma geral. No entanto, sem reforço no quadro de fiscais.
O trabalho, segundo o órgão, será fiscalizar não apenas a final da competição mas, também, os outros eventos que acontecerão em Fortaleza neste final de semana como o “Evangelizar é preciso”, no Aterro de Iracema, e o “Aviões Fantasy", no estacionamento da Arena Castelão.
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A população pode denunciar locais que estejam descumprindo a lei pelo telefone 156, pelo aplicativo Fiscalize Fortaleza, pelo telefone da Ouvidoria (3484-8032) e pelo e-mail da ouvidoria: ouvidoria.agefis@agefis.fortaleza.ce.gov.br
Sancionada pelo prefeito José Sarto, a Lei Municipal n° 11.140, proíbe o uso de artigos que provocam ruído alto em eventos públicos e em locais privados. Fogos barulhentos causam estresse a animais, idoso, recém-nascidos, autistas e pessoas com sensibilidade auditiva. Fogos sem estampidos (silenciosos) são liberados para uso.
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), os cães têm capacidade auditiva maior que a dos humanos. Barulhos acima de 60 decibéis, que equivalem a uma conversa em tom alto, podem causar estresse físico e psicológico.
Em comparação com os humanos, o ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons e podem detectar sons quatro vezes mais distantes.
Cuidados com os pets
Mesmo com a lei municipal proibindo fogos com estampido, eles ainda são utilizados em comemorações e, principalmente, em dias de final de campeonato de futebol, como teremos neste sábado.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o primeiro ponto é deixar o animal identificado, com plaquinha na coleira contendo número de telefone e e-mail, para o caso do pet conseguir fugir, assim a chance de recuperá-lo aumenta.
Preparar um ambiente acolhedor para o animal e deixá-lo num espaço fechado, que abafe o som dos fogos como um quarto ou a garagem. O ideal é que o espaço contenha “tocas”, como espaços debaixo da cama ou caixas de transporte com objetos que tenham o cheiro do dono.
Não deixar o animal em sacadas, perto de piscinas ou em correntes. Pássaros criados em gaiolas também devem ser protegidos, indica o CFMV.
Outra dica do CFMV é não deixar comida à vontade para seu pet. O ideal é preparar brinquedos “recheáveis” com as comidas preferidas dele. Ossos naturais bem grandes, para evitar engasgamentos, podem ser opções. O objetivo é entretê-lo com os brinquedos e ficar menos preocupado com o barulho.
Caso seu pet fique muito desesperado, estressado e tenha convulsões ou tente fugir por portas e janelas, uma alternativa é usar medicamentos calmantes. Neste caso, é necessário conversar com um veterinário.