Caminhada Rosa em Fortaleza conscientiza sobre câncer de mama

Embalada pelo Baqueta Clube de Ritmistas, caminhada pelo aterro da Praia de Iracema buscou conscientizar sobre os cuidados relacionados ao câncer de mama

Uma “onda rosa” ganhou espaço no Aterro da Praia de Iracema na tarde deste domingo, 22. Homens e mulheres, trajando a mesma cor, caminharam por um objetivo em comum: a conscientização sobre o câncer de mama.

A “Caminhada Rosa”, em referência ao tom utilizado nas campanhas sobre a doença, não é a primeira a ocorrer em Fortaleza, informação que os participantes fizeram questão de comentar, com orgulho.

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“Tem oito anos que eu participo (da Caminhada Rosa)”, revela a funcionária pública Laís Almeida, 33. Animada com o Baqueta Clube de Ritmistas, atração durante o percurso, Laís também ressalta a causa do evento como uma preocupação “de todas nós mulheres”.

O sentimento é compartilhado com a psicóloga Marina Medeiros, 34, que participa da segunda caminhada ao lado de Laís. “Na minha família já tiveram outros casos (de câncer de mama), então é algo que me toca pessoalmente. E a gente estar fazendo esse coro é muito importante”, diz.

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No Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2022, segundo relatório anual do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O órgão auxiliar do Ministério da Saúde aponta que, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste.

A detecção precoce da doença e a realização da mamografia anual a partir dos 40 anos são alguns dos cuidados reforçados na Caminhada Rosa, segundo a coordenadora da rede Mama, Daniele Castelo Branco.

“Durante todo o mês de outubro a gente teve várias atividades e vai fazer o fechamento com a nossa tradicional caminhada, levando essa mensagem para a população em geral”, explica. “Mas a caminhada também é um momento muito importante para as mulheres que foram acometidas pelo câncer de mama.”

Caminhada Rosa: abertura com cordel e superação

Foi Daniele Castelo Branco quem abriu o caminho em um trio elétrico para os primeiros passos oficiais do grupo reunido. “Sei o quanto essa caminhada é especial para as mulheres acometidas com câncer”, começou, se dirigindo à plateia.

Em seguida, a presidente do Instituto Roda da Vida, Paola Torres, foi ovacionada pela multidão ao compartilhar ser sobrevivente do câncer de mama. No discurso, declamou um cordel: “Minhas amigas do peito / Nos lembremos das ausentes / Que deram adeus à vida / E as que hoje estão doentes / Nessa Caminhada Rosa / Muito amor, poesia e prosa”.

Na multidão, Erineuda Cordeiro, aos 60 anos, observava os discursos enquanto segurava uma placa: “Sou guerreira, não desisto nunca”. Ela contou que tem “dez anos de vitória” contra o câncer de mama. “Eu acredito que seja assim, um dá a mão pro outro pra gente seguir em frente.”

Tratar com leveza a conscientização sobre o câncer de mama chamou a atenção de Matheus Freire Barros, 23, sócio-proprietário do Baqueta Clube de Ritmistas.

“A gente luta contra várias coisas e acaba que encontra aquele acalento no samba quando está tocando instrumento de percussão. A vida fica mais leve, torna a causa mais leve, consegue tratar ali o ambiente com mais leveza. Então, eu acho que esse é o nosso papel nesse momento.”

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Caminhada Rosa: prevenção ao câncer de mama

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama incluem excesso de peso corporal, falta de atividade física e o consumo de bebidas alcoólicas.

A detecção precoce é definida pelo órgão como “uma forma de prevenção secundária”, visando identificar o câncer de mama em seus estágios iniciais. Além do exame clínico das mamas, outros exames de imagem podem ser realizados (mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética).

A confirmação é feita por meio de biópsia, técnica definida pelo Ministério como a “retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia”.

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