Instituto celebra 13 anos de formações para crianças e adolescentes no Vicente Pinzón

Desde 2010, o Ipom promove atividades voltadas à educação, inclusão, ecologia, surf e artes para a formação e desenvolvimento humano do público infanto-juvenil

om objetivo de celebrar as ações e mudanças no desenvolvimento da vida de crianças e adolescentes do Grande Vicente Pinzón, em Fortaleza, o Instituto Povo do Mar (Ipom) promoveu festa em comemoração aos 13 anos de atividades dedicadas ao público infanto-juvenil na tarde deste sábado, 14. Ao longo dos anos, foram mais de 2 mil atendidos na organização.

A sede do Ipom, na praça Dom Helder Câmara, no bairro Vicente Pinzón, foi palco para os festejos com atividades lúdicas, show de mágicas, palhaços, brinquedos infláveis e roda de conversa com a comunidade. Desde 2010, a instituição vem promovendo ações educativas nas áreas de inclusão, ecologia, surfe e artes.

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Além de celebrar mais um ano de existência e trabalho, a organização enaltece as mudanças que vêm ocorrendo na vida das crianças e adolescentes a partir dos programas e ações do instituto.

A diretora do Ipom, Fabrini Andrade, lembra que as ações começaram a partir da percepção de demandas observadas da região na época e que, com os anos, novas foram surgindo, fazendo com que o instituto fortalecesse as ações com os jovens, principalmente.

“A gente procura atender as demandas do território do Vicente Pinzón, aproximar as famílias. Infelizmente, a violência escalonou. Hoje, a gente vive realidades dos grandes centros urbanos, como as facções, que interferem diretamente na rotina das nossas crianças e adolescentes de maneira negativa. Os desafios só aumentaram”, expõe Fabrini.

Ainda segundo a diretora, o objetivo é continuar o trabalho de fortalecimento com o público diante das novas demandas.

“Temos algumas crianças que entraram com a gente há 13 anos e que agora estão na fase da adolescência. Para eles, a gente vem criando uma série de atividades para que eles saiam do Ipom preparados para acessar o mercado de trabalho e a universidade e terem perspectivas concretas”, explica.

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Adaptação aos novos tempos e busca ativa fazem a diferença

Atualmente, o Ipom trabalha com seis projetos voltados para crianças e adolescentes do Grande Vicente Pinzón: Povo do Mar, Primeira Infância, Reciclando Vidas, Surfista Digital, Surfista Cooperativo e Plano de Retomada. São mais de 500 crianças e adolescentes acolhidos por aproximadamente 30 colaboradores.

Segundo a coordenadora de projetos do Ipom, Tamires Dantas, o impacto das ações na comunidade é refletido pela quantidade de crianças que, atualmente, são atendidas nos projetos. “Começamos com 90 e hoje são mais de 500 crianças inseridas nos programas do Ipom. Isso reflete que está dando muito certo”, informa.

Ainda segundo Tamires, os projetos vão se encaixando com as mudanças observadas entre o público. “Temos parceria para aprendizado em programação, linguagem de software... Para quem gosta de mexer com computador, é uma abertura de perspectiva”, diz.

Ela comenta que as crianças vão mudando e quanto mais ferramentas possam aproximá-las de um desenvolvimento humano, menos estarão à margem da criminalidade.

Para acompanhar os alunos e garantir que sigam no instituto, é realizada uma busca ativa, principalmente com os adolescentes. “Eles mudam o viés [nesta faixa etária]; se você deixar; eles vão acabar se evadindo. A gente faz reuniões pedagógicas para definir ações, conversamos com as famílias e temos parceria com os colégios da região”, informa.

Atividades que ampliam horizontes

O coordenador pedagógico do Ipom, Carlos Bezerra, explica que o trabalho com as crianças e adolescentes ao longo dos anos é baseado em três pilares das relações: consigo, com o outro e com o planeta.

Ainda segundo Carlos, a intenção não é construir um grande atleta ou artista, mas usar as ferramentas da educação, da cultura e do esporte para abrir horizontes.

“A gente se sente muito grato por ver hoje parte da equipe sendo ex-alunos com formação. São educadores, administradores, são alunos que estão concluindo cursos de graduação, como serviço social, para atuar dentro do instituto. O grande papel do instituto é alargar os horizontes da criança para que ela possa entender que ela pode chegar onde ela quiser”, comenta Carlos.

A auxiliar administrativa Telma Almeida, 41, mãe de Douglas Carvalho, atualmente com 21 anos, e Pedro Davi, de 8 anos, percebe que as atividades impactam positivamente no futuro dos filhos. Ela conta que Douglas entrou no Ipom com 13 anos, onde participou dos projetos e que, atualmente, é auxiliar de manutenção no instituto.

“Ele fazia capoeira e surfe aqui e hoje é funcionário. É uma grande oportunidade. Se as crianças não tiverem oportunidade, vão para rua ou para o crime. Eu deixo meus filhos aqui e sei que estão seguros e estão com tempo ocupado com algo que vai fazer eles crescerem”, relata.

Douglas aponta que os projetos foram essenciais para mudar a perspectiva dele de vida. "Através do esporte, eu consegui sentir que posso chegar onde quero. Sinto que sou capaz de conquistar muitas coisas e que tenho pessoas ao meu lado para me incentivar também. É outro olhar agora", pontua. 

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