O POVO está na final do Prêmio CNT de Jornalismo em duas categorias

O material da apurações jornalisticas estão disponíveis no streaming OP+

23:03 | Out. 05, 2023

Por: Gabriela Monteiro
Porto do Mucuripe foi tema de uma das reportagens finalistas do Prêmio CNT (foto: FCO FONTENELE)

Duas reportagens seriadas do O POVO foram selecionadas para a final do prêmio CNT de Jornalismo. Ambas seriadas, as apurações jornalísticas intituladas “Porto de Fortaleza em crise” e “Construção degrada mangue em faixa de praia entre Itarema e Amontada”
estão disponíveis para leitura no portal OP+.

A reportagem “Porto de Fortaleza em crise” é uma parceria das editorias de Cidades e de Economia e é assinada pelos jornalistas Cláudio Ribeiro, Demitri Túlio e Armando de Oliveira Lima, com edição de André Bloc e Beatriz Cavalcante. Já a “Construção degrada mangue em faixa de praia entre Itarema e Amontada” é assinada por Cláudio Ribeiro e pelo cientista de dados do O POVO, Alexandre Cajazeiras, com edição de André Bloc. Em ambas, as fotografias são de autoria de Francisco Fontenele.

Nesta fase final da 30ª edição do prêmio CNT de jornalismo, os 35 melhores trabalhos serão avaliados pelo corpo de jurados formado por Alex Capella, jornalista do Senado Federal; Luiz Megale, jornalista e apresentador da Band; Marina Amaral, diretora da Agência Pública; Milton Jung, âncora da CBN; e Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.

O jornalista Cláudio Ribeiro, pontuou que é uma conquista e que todos os trabalhos são parcerias, nunca é só uma pessoa. “A reportagem do Mucuripe, é um trabalho de mais de dez mãos, que são três repórteres, dois editores e mais uma galera que trabalhou em uma investigação que passamos de 2 a 3 meses fazendo. A investigação começou com uma pane tecnológica e dois ataques hackers e nós conseguimos mostrar as vulnerabilidades do porto”, pontuou Cláudio.

“O outro material é o da grilagem em Itarema, que a gente foi lá no local e mostramos que duas áreas irregulares, estavam em uma área de mangue, sem nenhuma licença e estavam sobrepostas a dois assentamentos rurais federais e era grilagem. Conseguimos mostrar inclusive que o terreno grilado era maior do que o que era calculado. Foi uma matéria delicada de fazer, nós precisamos preservar nomes e é um inquérito que ainda está correndo nas mãos da Justiça”, ressaltou.

Demitri Túlio pontuou que “o jornalismo investigativo acaba revelando o que, muitas vezes, se escamoteia. E penso que a apuração jornalística sempre atuará como braço fiscalizador da cidadania e do serviço público que precisa ser bem prestado”.

O editor-chefe de Cidades, André Bloc, pontua que o importante de se chegar à  final de uma premiação é trazer visibilidade para o jornalismo e estes dois materiais se debruçam sobre coisas que são dadas como garantidas.

“O nosso olhar deve se voltar a estas histórias que se conta menos, que se olham menos, e eu acho que a importância de se chegar à final de um prêmio como esse é fazer a população que ainda não teve acesso a esses conteúdos, olhar”, pontua Bloc.

Já Beatriz Cavalcante, editora-chefe de Economia, pontua que ser finalista do Prêmio CNT de Jornalismo já é uma representatividade muito grande porque é a expressão de um jornalismo de qualidade, uma investigação que vai a fundo, que defende a sociedade e que mostra o que realmente é a realidade.

“Nesse caso do Mucuripe, essa reportagem escancarou a realidade do Porto do Mucuripe, um porto de gestão Federal, e a importância dessa reportagem é porque a gente deu visibilidade para que a situação do porto fosse vista pela sociedade e não ficasse escondida”, finaliza.

Veja quais foram as categorias

Internet
“Porto de Fortaleza em crise”

Claudio dos Santos Ribeiro, Armando de Oliveira Lima e Demitri Túlio

Categoria Meio Ambiente e Transporte
“Estrada irregular e grilagem no litoral do Ceará”

Claudio dos Santos Ribeiro e Alexandre Cajazeiras