Cagece instala na BR-116 primeira adutora suspensa em arco de Fortaleza
De acordo com a Companhia, obra possibilitará manutenções no sistema sem que haja necessidade de interrupções no abastecimento de água. Investimento de R$ 31 milhõesMais uma etapa das obras de duplicação do macrossistema de água de Fortaleza está sendo executada em trecho da BR-116, próximo à Base Aérea, na avenida Borges de Melo. Conforme a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o serviço consiste na instalação da primeira adutora suspensa em formato de arco da Capital, que está sendo posicionada em paralelo à rodovia federal.
O investimento é de R$ 31 milhões e pode beneficiar cerca de 400 mil pessoas. A conclusão da obra completa está prevista para janeiro de 2024.
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A adutora que está sendo implantada no local conta com duas estruturas tubulares com 1.200 milímetros de diâmetro e quase 2,3 quilômetros de extensão, que passarão sobre o canal do Tauape e a linha férrea. Ela deve ficar projetada de forma fixa no trecho, não sendo removida posteriormente. A primeira parte da intervenção teve início no último sábado, 23, com a instalação do primeiro dos dois tubos que compõem a adutora, e foi finalizada na segunda-feira, 25.
Nesta última semana de setembro, estará sendo instalado o segundo tubo. Após o processo de implantação da estrutura, será realizada ainda a conexão dela com o macrossistema de abastecimento hídrico da Cagece. Etapa que deve ser concluída apenas no início do próximo ano.
De acordo com a Cagece, já existem outras adutoras suspensas em Fortaleza. Elas estão localizadas no Taquarão, um sistema de reservação da Companhia; na descida do Ancuri, um reservatório da Cagece localizado no bairro Pedras, e outras menores localizadas em unidades da empresa. No entanto, a adutora suspensa arqueada que está sendo implementada na BR-116 é considerada a primeira de Fortaleza neste modelo.
O setor de Gerência de Obras, composto por engenheiros da Cagece, informa que a duplicação do macrossistema de água servirá para otimização do abastecimento hídrico de Fortaleza. O serviço deve beneficiar dez bairros da Capital.
A Companhia explica ainda que, diferentemente das adutoras subterrâneas comumente instaladas, a opção pela estrutura arqueada se deu com o objetivo de tornar as manutenções sistêmicas mais práticas —processo que pode ser mais demorado nos outros modelos de adutora.
“Isso significa que em momentos de manutenção de determinados trechos, poderemos contar com mais essa opção para distribuição de água em Fortaleza. A adutora instalada de forma suspensa é ainda uma opção mais prática para momentos de manutenção — como a retirada de vazamentos, troca de peças e outros —, já que está completamente visível”, informou a Cagece, em nota.
Ainda segundo os engenheiros, o macrossistema que fomenta a adutora nasce no reservatório do Ancuri, com tratamento de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) Gavião. Do Ancuri, a água é levada para grande parte de Fortaleza.
A escolha do trecho da obra se deu em decorrência da localização da atual linha do macrossistema de água que está recebendo duplicação, linha essa que passa nas ruas próximas àquelas que receberam outras obras de ampliação desse mesmo sistema.
Morador do bairro de Fátima, o aposentado Odélio Vidal, 67, conta que não se sente incomodado pela obra, até o momento, e acredita que ela trará melhorias para a população. “Os moradores foram todos comunicados, e instalaram um campo para eles trabalharem, avisaram que ficaria interditado quando colocaram a tubulação, os quatro guinchos, todos em cima do viaduto, teve ambulância, todo amparo”, diz.
A caixa de supermercado Sandra Silva, 29, por outro lado, realiza o trajeto pelo trecho cotidianamente para buscar a filha Isadora, 6, na escola. Segundo ela, que mora no bairro São João do Tauape, a obra está atrapalhando a passagem, porque antes ela fazia a travessia por baixo do viaduto, e a entrada está interditada.
“Se torna um pouco cansativo, porque a gente sai do trabalho, para pegar o filho, anda um pouco mais agora, mas quando eles resolveram terminar a obra acho que vai melhorar. São João do Tauape é do outro lado, porque o outro é Fátima”, diz a moradora.
A Cagece destaca a comunicação com os moradores das proximidades da obra foi realizada por meio das equipes sociais da empresa, que passaram de porta em porta para emitir o comunicado sobre a intervenção, informando ainda sobre possíveis interdições, desvios de trânsito e tirando dúvidas. Além das equipes, foram realizadas publicações nos canais de comunicação oficiais da Cagece, tanto nas redes sociais quanto no site.
Desvio temporário no trânsito
Para viabilizar o serviço, será necessário implementar desvio temporário no trânsito do local. O acesso à BR-116 pela avenida Aguanambi está bloqueado.
O condutor trafega pela avenida Aguanambi no sentido BR-116 deve seguir na rotatória, acessar a segunda saída para continuar na avenida Aguanambi, entrar à esquerda na Borges de Melo e à direita para acessar a BR-116.
Além disso, a circulação do Veículo Leve sobre trilhos (VLT) e dos trens de cargas da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) será suspensa.