Após resultado do 2º júri, Mães do Curió dizem buscar justiça no terceiro julgamento

Primeiro julgamento resultou nas penas de 275 anos a cada policial militar condenado e o segundo júri terminou com a absolvição dos réus

10:53 | Set. 12, 2023

Por: Taynara Lima
Movimentos que pedem por justiça pelos assassinatos da Chacina do Curió se reúnem no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, antes do início do terceiro julgamento de oito policiais militares acusados de participação no crime (foto: Jéssika Sisnando)

Com o início da terceira fase do julgamento da Chacina do Curió nesta terça-feira, 12, o movimento Mães do Curió, que reúne familiares das vítimas do crime que aconteceu em 2015, aponta a expectativa por justiça após a absolvição dos réus no segundo júri. 

O primeiro julgamento, realizado em junho deste ano, resultou na condenação dos quatro policiais a 275 anos e 11 meses de prisão. O segundo, que durou 64 horas e se tornou o mais longo da história do Ceará, terminou com a absolvição dos oito PMs.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça, no Fórum Clóvis Beviláqua, Suderli Lima, mãe de Jardel Lima, uma das vítimas do crime, afirmou que os integrantes do movimento não se sentem satisfeitos com os resultados dos dois últimos julgamentos.

“No primeiro júri, nós não ficamos satisfeitos, apesar da condenação. No segundo, menos ainda, por muitos fatos que ocorreram lá dentro, mas esses fatos vão vir à tona, e, com certeza, isso vai ser revertido, porque nós vamos continuar procurando justiça”, destacou.

Após a decisão dos sete jurados de absolver os oito réus, o Ministério Público do Ceará (MPCE) afirmou que recorrerá do resultado do segundo julgamento e apresentará as razões e argumentos jurídicos.

Nesta terça-feira, 12, os manifestantes realizaram atos em que pediram por justiça pelas 11 vítimas e realizaram uma roda de oração no Fórum. Essa etapa do julgamento contará com 21 depoimentos, seis de vítimas sobreviventes, sete de testemunhas e oito interrogatórios de réus.

Com informações da repórter Jéssika Sisnando