Ceará Sem Fome: Fortaleza deve ter 13 cozinhas solidárias inauguradas nesta semana
Ao todo, Estado deve ter 1.298 espaços para atender a população em vulnerabilidade social, sendo distribuídas 100 refeições diárias para os beneficiários do programaO programa Ceará Sem Fome inaugurou a primeira cozinha solidária nesta segunda-feira, 4, pelo Governo do Ceará, em Fortaleza. Localizada na Associação Comunitária Lagoa do Papicu, a cozinha irá atender a população carente da região e do bairro Vicente Pinzón. Além desse espaço, Fortaleza deve receber, até o fim desta semana, mais 12 cozinhas para gerenciar, produzir e distribuir refeições para pessoas em extrema pobreza na Capital.
Durante a inauguração, o governador do Estado, Elmano de Freitas (PT) realizou a primeira visita ao local. “Em Fortaleza, temos para iniciar 171 cozinhas comunitárias para a gente distribuir refeições para a população carente”, disse. Ainda conforme o governador, foram investidos R$ 33.815.000 na ação do programa, que são destinados para a compra de insumos, restauração e construção das cozinhas.
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Segundo a primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do programa, Lia de Freitas, atualmente, a Capital já conta com 600 pessoas sendo alimentadas por meio do programa. “São duas cozinhas na região do Papicu, e temos mais quatro cozinhas no bairro Jardim Iracema e Floresta. Amanhã, nós teremos mais sete cozinhas. Vamos abrir em progressão geométrica”, informa.
Ainda segundo Lia de Freitas, as cozinhas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) também estão sendo contempladas no programa. “Temos duas cozinhas na região do Jangurussu, que estão cadastradas no programa. Essa mesma entidade que está já com quatro cozinhas no Jardim Iracema vai estar gerenciando as cozinhas no Jangurussu. Requer, só agora, um repasse de insumos e abertura das estruturação das normas para que a gente possa iniciar”, disse.
Antes do programa do Governo do Estado, as cozinhas do MTST foram criadas durante a pandemia da Covid-19, em 2020, para levar alimento para à população em vulnerabilidade social. Os equipamentos transformaram-se numa corrente solidária para ajudar pessoas que estavam passando fome. Através de doações, esses espaços viveram momentos de panelas cheias e a distribuição de marmitas e cestas básicas conseguiu minimizar o desespero de famílias.
A coordenadora do Programa Ceará Sem Fome, Maristela Pinheiro, destacou a importância desse política e a expectativa para o funcionamento de todas as cozinhas previstas no programa. “Além do alimento, a gente está trazendo também cidadania e dignidade para essas pessoas que estão em insegurança alimentar. A gente quer que até final de setembro todas as cozinhas estejam funcionando, tanto Fortaleza como no interior do Estado”, comenta.
Ao todo, o programa prevê o funcionamento de 1.298 cozinhas solidárias, com 100 refeições sendo distribuídas diariamente para os beneficiários do programa. Para o presidente da Associação Comunitária Lagoa do Papicu, Marcos Barbosa, essa primeira cozinha vai trazer alimento para quem necessita. “Aqui na comunidade, é cheio de recicladores, que não tem alimento diário. O principal impacto desse programa é o combate à fome”, pontua.
O pacto por um Ceará Sem Fome foi lançado em junho deste ano e beneficia milhares de famílias cearenses com o cartão. Nesta nova fase da política, estão sendo vinculadas cozinhas para beneficiar pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, e que não estão inseridas na lista das mais de 43 mil famílias beneficiadas pelo cartão Ceará Sem Fome. No cartão, os beneficiários recebem o valor de R$ 300 para comprar apenas comida.
Após a inauguração dos espaços, os próximos passos, de acordo com Elmano, são mapear quem vai até essas cozinhas. O objetivo é perceber quem da família está hábil a fazer um curso de capacitação, identificar no Sine/IDT onde tem vaga de emprego para essa pessoa e assim “talvez no futuro, ela nem precise mais pegar essa refeição aqui. No entanto, nesse momento ela precisa”.
As cozinhas solidárias são gerenciados por uma rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeições (USPRs), divididas em 39 lotes administrados por 24 Unidades Gerenciadoras, que foram selecionadas mediante a realização de um edital de chamamento público. Além da cozinha situada na comunidade da Lagoa do Papicu, mais de 200 USPRs já estão cadastradas.