Chacina do Curió: no quarto dia de julgamento, defesa dos PMs apresentará laudo técnico

O laudo foi feito por peritos particulares, que não tiveram a identidade revelada por questão de "identidade processual"

O segundo julgamento da Chacina do Curió chega ao quarto dia nesta sexta-feira, 1º, e a defesa dos policiais militares acusados deve apresentar um laudo técnico que apontaria que as viaturas não estavam no local citado pela acusação. O laudo foi feito por peritos particulares, por meio dos arquivos de localização da Polícia Militar do Estado do Ceará (PM-CE). As informações foram repassadas pela advogada Emanuellle Horácio.

“A nossa expectativa é que sejam ouvidas duas testemunhas de defesa”, diz a advogada, que faz a defesa de José Haroldo Uchôa Gomes, Gaudioso Menezes de Matos Brito Goês e Francinildo Jose da Silva Nascimento. Os três estavam na viatura RD1069 acionada para duas ocorrências de disparos no Curió, conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE).

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“Essas testemunhas são pessoas técnicas, peritos de georreferenciamento que comprovam que as viaturas sequer foram ao local [...] e não foram acionadas para atender esse tipo de ocorrência”, explica Emanuelle.

O primeiro perito a ser ouvido será Ranvier Feitosa Aragão, que trabalhou na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) por muitos anos. De acordo com o também advogado de defesa Walmir Medeiros, Ranvier é uma das testemunha mais importantes ouvidas pela defesa.

De acordo com Emanuelle, as viaturas, conforme o georreferenciamento, estavam em outro local e não trabalhavam na área onde a situação aconteceu. “A viatura trabalha em uma área bem distante, que não é a área do Curió. Então, não houve a ida da viatura até o local, porque trabalham em outra área, como também não houve o missão por parte das viaturas.”

“Quando o Ciops foi acionado, foram enviadas as que eram próximas do local e que eram da área, que cobriam a região do Curió. As três viaturas arroladas nesse processo, nenhuma pertencia a área da chacina. Isso chega a ser um absurdo. É importante que a população saiba, são policiais militares que estavam trabalhando em outra área e estão arrolados no processo”, adiciona a advogada.

Com informações da repórter Jéssika Sisnando

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