Chacina do Curió: 2º julgamento de PMs acusados começa nesta terça

Caso aconteceu em novembro de 2015, e 11 pessoas foram assassinadas. No primeiro julgamento realizado em junho, quatro policiais foram condenados

O segundo julgamento dos réus pela Chacina do Curió começa na manhã desta terça-feira, 29. Nessa etapa, oito policiais acusados de participação serão julgados pelo caso que aconteceu em novembro de 2015, na Grande Messejana, em Fortaleza. 

No total, 33 policiais militares foram denunciados ao Ministério Público do Ceará (MPCE) em um processo que aponta a forma como os agentes atuaram durante cerca de três horas em bairros da Grande Messejana.

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Na ocasião, 11 pessoas morreram entre a noite do dia 11 de novembro de 2015 e a madrugada de 12 de novembro de 2015.

O primeiro julgamento ocorreu em junho deste ano, e quatro policiais militares foram condenados pelos 11 assassinatos. Cada acusado recebeu mais de 200 anos de prisão; os PMs foram considerados culpados por tentativa de homicídio e tortura.

Nesta terça, 29, os oito réus serão julgados por omissão do dever agir. Segundo a denúncia do MPCE, os agentes se recusaram a prestar assistência aos feridos e às pessoas em situação grave e de iminente perigo, mesmo com os chamados da população. 

Os oito policiais acusados são Thiago Aurélio de Souza Augusto, Thiago Veríssimo Andrade Batista Carvalho, Gerson Vitoriano Carvalho, Gaudioso Menezes de Matos Brito Goes, Josiel Silveira Gomes, José Haroldo Uchoa Gomes, Ronaldo da Silva Lima e Francinildo José da Silva Nascimento.

Representantes do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), da Anistia Brasil, do Movimento Negro Unificado e Mães do Curió estão presentes no Fórum Clóvis Beviláqua.

A professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e membro do movimento Mães do Curió, Camila Holanda, espera que a Justiça possa reparar os danos que a Chacina causou, principalmente, aos familiares das vítimas.

“A expectativa é que a Justiça seja feita. Afinal de contas, 11 pessoas foram assassinadas de uma forma muito brutal por agentes do Estado. Então, essas pessoas têm que ser responsabilizadas e o Estado tem que reparar o dano que essas famílias sofreram”, afirmou.

A previsão é de oito interrogatórios dos réus e 26 depoimentos (seis de vítimas sobreviventes e 12 de testemunhas de acusação e defesa. A sessão terá início às 9 horas e é possível acompanhar ao vivo pelo site do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

O terceiro julgamento está marcado para ocorrer no dia 12 de setembro.

Com informações de Kleber Carvalho/Especial para O POVO

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