IJF recebe mais de 200 novos servidores aprovados em concursos de 2016 e 2020

Convocação acontece cerca de dois meses após greve dos enfermeiros do hospital. Entre os empossados, 133 são da área de enfermagem

O Instituto Doutor José Frota (IJF) recebeu, na manhã desta sexta-feira, 25, 219 novos profissionais em oito áreas do atendimento hospitalar. A chamada é referente a concursos realizados para a unidade nos anos de 2016 e 2020, que tiveram o prazo prorrogado em razão da Covid-19.

As áreas reforçadas com a convocação serão as de Fisioterapia, Radiologia, Assistência Social, Terapia Ocupacional, Odontologia, Nutrição, Análises Clínicas e Enfermagem (que terá 133 novos profissionais entre técnicos e enfermeiros).

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O processo para a convocação foi longo e apresentou percalços, desde questões administrativas, até a pandemia do novo coronavírus. Entre as aprovadas está Edna Alves, que comemora a convocação após sete anos de espera pela vaga.

“É muita expectativa e muita ansiedade. Já trabalho na área há 12 anos e graças a Deus o nosso momento chegou. Agora é encarar e dar o nosso melhor. É sinônimo de reconhecimento, de ascensão profissional, né? Então é muito bom. Me sinto muito orgulhosa de fazer parte do IJF hoje”, exclamou a técnica em enfermagem.

Esse acréscimo na equipe acontece quase dois meses após a greve dos enfermeiros do IJF, que reivindicavam a implementação do piso salarial da categoria. A paralisação culminou na superlotação dos corredores do hospital e redução no número de pacientes atendidos, visto que a equipe chegou a trabalhar com apenas 30% de seu contingente.

“Hoje a gente comemora com a família desses profissionais e sabe que o intuito final é melhorar a qualidade do atendimento e da assistência dentro do nosso hospital”, disse o superintendente do IJF, Daniel Holanda, que ainda classificou a área da Enfermagem como “as válvulas propulsoras de qualquer instituição de saúde”.

Em fins práticos, os principais beneficiados com esse maior contingente são os pacientes, como Nájila Maria, 32, que buscou atendimento no hospital na quinta-feira, 25, mas não conseguiu e precisou retornar à emergência na manhã desta sexta-feira, 25.

A vendedora reforça que a atual situação da unidade é complicada, principalmente no que diz respeito àlotação no corredores, que por vezes, assim como na greve entre o final de junho e começo de julho, ficam cheios de pacientes.

“Como são 200 profissionais, vai melhorar a questão do atendimento, né? Vai ser mais rápido. Espero que diminua mais o fluxo, que mais pessoas sejam atendidas e mais cirurgias feitas. Acredito que venham para acrescentar ao hospital”.

Planos de Cargos e Carreiras e Salários deve ficar fora do piso da Enfermagem

A demanda levantada pelos enfermeiros em junho foi, em parte, atendida na última quinta-feira, 24, quando o prefeito José Sarto (PDT) anunciou a implementação do piso da Enfermagem no Município. O impasse ficou por conta das bonificações, como o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que ficaram fora do cálculo realizado pela gestão municipal.

“O PCCS é o norteador do desenvolvimento das carreiras. É o que garante a valorização da carreira ao longo dos anos. A não inclusão do PCCS para implantação do piso salarial acarreta um dano tremendo porque desconsidera todas as promoções que o servidor teve de 2007 até o momento. E nivela o salário de recém-contratados com os veteranos, desconsiderando totalmente o tempo de serviço”, afirma a vice- presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Fortaleza (SindiFort), Ana Miranda.

A versão vai de encontro à da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), que classifica a fórmula utilizada como benéfica para a categoria, como defende o secretário da saúde, Galeno Taumaturgo.

“Você podia fazer esse cálculo levando em consideração o vencimento base e acrescentaria outras gratificações. Quando você vai chegar no piso, você acrescenta quase nada, porque você botou dentro a gratificação”, disse o titular da pasta.

Galeno ainda afirmou que a prioridade no momento é o pagamento do piso aos profissionais de Enfermagem, com base na proposta apresentada pela PMF. “Eu acho que é um outro momento [discussão do PCCS]. Na implantação do piso, não é a demanda do momento. Lógico que é uma demanda que já vem de algum tempo, mas a priorização agora é por conta do piso, até por conta do prazo que nós temos de até 30 dias para fazer a implantação”, conclui.

Também questionado sobre a questão, Sarto afirmou que assim como em outras áreas, a negociação é possível, mas depende de outras questões para ser concretizada.

“Essa negociação sempre estará aberta. Nós realizamos o maior concurso da Guarda Municipal, fizemos o grupamento Maria da Penha, promovemos todos os guardas municipais… e falta alguma coisa que é o PCCS. Nós estamos de portas abertas para dialogar sempre que houver flexibilidade financeira”, pontuou o chefe do executivo municipal.

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