Dessalinização da água do mar: usina será apresentada em audiência pública

Audiência pública, que será realizada na sede do Social Clube Sindissétima, é uma etapa dos procedimentos para obtenção da Licença Prévia

09:41 | Ago. 22, 2023

Por: Bia Freitas
Planta vai iniciar a construção na Praia do Futuro até março de 2024 (foto: Divulgação / Cagece)

Estudos de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para construção da planta de dessalinização de Fortaleza (Dessal) serão apresentados em uma audiência pública nesta sexta-feira, 25 de agosto, às 9h30 min.

Com objetivo de diversificar a matriz hídrica do Estado, o sistema de dessalinização da água do mar será a maior da América Latina e a primeira no Brasil com capacidade para produzir 1 m³/s de água para o consumo humano. A estimativa é de que 720 mil pessoas sejam diretamente beneficiadas e a oferta de água na Região Metropolitana de Fortaleza aumente em 12%.

A previsão é de que a usina esteja em funcionamento em 2025 e forneça água para os bairros Papicu, Varjota, Cidade 2000, Praia do Futuro, Caça e Pesca, Cais do Porto, Serviluz, Vicente Pinzón, Dunas, Aldeota e adjacências.

A audiência pública faz parte dos procedimentos para obter a Licença Prévia (LP) que aprova a localização na qual a usina deverá ser construída, na Praia do Futuro. Os resultados serão apresentados em evento promovido pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e o Consórcio Águas de Fortaleza, na sede do Social Clube Sindissétima.

Para a aprovação da licença prévia pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), os estudos ainda deverão ser posteriormente submetidos ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Coema), para análise.

A Dessal é realizada por uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Cagece e a empresa Águas de Fortaleza. Ao todo, serão investidos R$ 3 bilhões na planta ao longo dos próximos 30 anos. A ordem de serviço para a construção da usina foi assinada em julho de 2021.

A divulgação dos estudos de impacto ambiental nesta sexta-feira deve contar com a participação de órgãos ambientais, lideranças comunitárias e da sociedade acadêmica, de acordo com o Governo do Estado.