Fechado para obras, Parque Ecológico do Passaré deve ser entregue em 2024

Estão inseridos, dentro do parque, o Horto Municipal Falconete Fialho e o Zoológico Municipal Sargento Prata

18:36 | Ago. 04, 2023

Por: Gabriel Damasceno
PARQUE Ecológico do Passaré está sem funcionar por causa de requalificação (foto: FÁBIO LIMA)

As atividades do Parque Ecológico do Passaré, em Fortaleza, estão totalmente suspensas desde o dia 6 de março de 2023 em virtude da segunda etapa das obras requalificação no equipamento. De acordo com Samuel Dias, secretário municipal da Infraestrutura de Fortaleza (Seinf), o espaço deve ser entregue no primeiro semestre de 2024. Dentro do parque, estão inseridos o Horto Municipal Falconete Fialho e o Zoológico Municipal Sargento Prata.

O equipamento chegou a ser reaberto ao público, em abril de 2022, após a finalização da primeira etapa da requalificação. Na época, o equipamento ganhou uma pista de caminhada de mais de 12 mil metros, espaços de convivência, academias ao ar livre.

Com a segunda etapa, focada no horto e no zoológico, o equipamento voltou a ser fechado. 

De acordo com Samuel Dias, secretário Municipal da Infraestrutura, as estruturas foram fechadas porque vão passar por outras alterações ou porque existe um trânsito de obras. A segunda etapa prevê a construção de um prédio administrativo, centro de convivência para funcionários, reformulação de instalações do zoológico.

“A ideia, no final, é transformar o Parque Ecológico do Passaré, que engloba o zoológico e o horto municipal, em uma área de referência ambiental e de visitação das pessoas da cidade”, diz Samuel.

Raphael Martins, diretor de Conservação e Monitoramento da Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (Urbfor), diferentemente de outras obras, esta requer "um cuidado especial por causa dos animais, as mudas e dos servidores da UrbFor".

"A obra atende a uma sequência. As etapas foram pensadas e planejadas para que a obra aconteça da forma mais rápida, mas sem ter intervenção e impacto em todo esse contexto ambiental que o parque representa", completa o diretor.

Para tanto, por ser uma obra que apresenta uma quantidade de intervenções muito grande e frentes de trabalho diversas, a visitação se torna inviabilizada, justifica a UrbFor.

Aos moradores da região, como o economista Heleno Araújo, de 62 anos, a expectativa é positiva. 

Ele lembra que, quando o parque estava em funcionamento, era comum que a rua ficasse lotada de carros, ônibus e caravanas do interior. Tinha uma movimentação bem ativa. “Esse parque tem um papel muito importante. Agora, faltam algumas coisas na direção do parque. Por exemplo, poderia ser mais informativo. Mais instrutivo. Acho que deveria ter convênio com a universidade para trazer alunos, falar das árvores, dos animais, da preservação, realizar eventos e workshops com essas temáticas”, opina.

Uma das construções previstas é uma escola ambiental, que atenderia a demanda do economista. “Toda essa reestruturação visa dar mais condição para a população se aproximar do parque. Então a escola ambiental, e os outros equipamentos que serão implantados por lá, vão funcionar nesse sentido. De ter uma infraestrutura interna para receber as pessoas, principalmente as crianças”.

Francisco da Silva, 75, também mora no Passaré e de segunda à sexta costuma fazer uma caminhada de 7 quilômetros (KM) pela região. “Tô achando que essa obra aqui está muito demorada. Obra pública geralmente demora, mas essa tá excedente o tempo. Espero que entreguem à população o mais rápido possível para poder beneficiar as crianças, principalmente agora no final do ano que vai ter as férias”.

Já Ana Cristina Rabelo afirma que: “Tinha dia que apareciam 15 ou mais ônibus só com crianças. Hoje mesmo, as pessoas vêm, aí quando chegam, vem que tá fechado e voltam decepcionados. As pessoas sentiram bastante”, lamenta. 

O parque conta com uma área de 291 mil metros quadrados. O zoológico, localizado dentro da estrutura, abriga cerca de 160 animais de 55 espécies. Já no Horto Municipal, são cultivadas mais de 100 mil mudas de 220 espécies diferentes. (Colaborou Gabriel Gago, especial para O POVO)