Audiência de conciliação termina sem acordo e motoristas de vans seguem em greve

Na sessão, foram discutidos assuntos como a questão do plano de saúde para os trabalhadores, taxa assistencial e reajuste salarial

Na manhã desta segunda-feira, 31, aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) uma audiência de conciliação para tentar chegar a um acordo que atenda as demandas dos motoristas de transporte alternativo de Fortaleza. Na sessão, foram discutidos assuntos como a questão do plano de saúde para os trabalhadores, taxa assistencial e reajuste salarial.

A respeito das questões demandadas pelo Sindicato dos Empregados de Empresas de Transportes Alternativos e Complementares de Passageiros do Ceará (Sintraafor), não se chegou em um consenso para resolver o impasse. Todavia, as negociações referentes ao reajuste salarial de 4,5% tiveram progresso.

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Os trabalhadores estão em greve desde a última quinta-feira, 27. A paralisação, que luta por melhores condições para os trabalhadores, foi decidida em uma assembleia realizada em 16 de julho. Na última terça-feira, 25, a Justiça do Trabalho determinou que pelo menos 50% dos trabalhadores continuassem em suas atividades, mesmo durante a greve, já que é um serviço essencial.

A advogada do Sindicato dos Permissionários do Transporte Complementar de Fortaleza e Região Metropolitana (Sindvans), Thyciane Cabó, disse que a audiência tinha como objetivo chegar a um acordo referente ao reajuste tanto do acordo coletivo como da convenção. Ela afirma ainda que quem fecha o acordo coletivo é a Cootraps e quem fecha a convenção coletiva com o Sintraafor é o Sindivans.

“Essas duas entidades representam o transporte complementar em Fortaleza como um todo, então essa audiência é para ver se a gente consegue finalizar essas discussões referentes à convenção e ao acordo”, comentou.

A advogada que representa a Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará (Cootraps), Bruna de Sá, afirma que na fase administrativa já haviam algumas mediações sem acordo e sem fechar no percentual mínimo. De acordo com ela, os trabalhadores deflagraram legalmente a greve e a cooperativa entrou com uma ação para regulamentar a ação.

“Houve uma audiência quinta-feira passada na presença só da cooperativa e o tribunal achou por bem chamar para o polo passivo o sindicato, já que a convenção é firmada entre os sindicatos, então hoje tá todo mundo aqui presente pra gente tentar colocar um fim”, disse a advogada.

Na audiência, a questão do pagamento da taxa de assistência foi algo discordado por parte do Sindvans e do Cootraps. Além disso, os trabalhadores alegaram durante a sessão que algumas pessoas ainda são pagas diariamente, e eles pedem depósito em conta de forma quinzenal ou mensal.

De acordo com o TRT, ficou acordado o reajuste de 4,5% linear do salário dos trabalhadores, sem plano de saúde (assunto entre as pendências), além de outras negociações que foram para a frente na audiência. No entanto, não houve acordo para as outras demandas e a greve continua.

Nesta terça-feira, 1º, às 9 horas da manhã na sede da Cooperativa, acontece uma reunião entre o Sindvans, o Sintraafor e Cootraps para que as partes entrem em um consenso e a questão seja resolvida.

(Com informações de Gabriel Damasceno/Especial para O POVO)

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