"Ele ainda tinha muito para viver", afirma filha de enfermeiro vítima de latrocínio
Francisco Joserice Cardoso, de 49 anos, foi morto por assaltantes no último dia 20 de julho. Ele era pai de três filhos e avô de quatro crianças. Família pede Justiça
15:21 | Jul. 25, 2023
O enfermeiro Francisco Joserice Cardoso, de 49 anos, foi morto há cinco dias, no bairro José de Alencar, em Fortaleza, vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, quando buscava sua esposa no trabalho. A família, formada por esposa, filhos e neto, pede Justiça em relação ao caso.
A filha de Cardoso, Ana Luíza, 20 anos, seguiu a mesma área do pai, na saúde, e está finalizando o curso técnico de enfermagem. Para a estudante, o pai era o alicerce e tem sido difícil lidar com a morte dele, principalmente pela forma como aconteceu.
"Ele era meu alicerce, ele que me dava instruções e me ensinou a trabalhar nessa área da saúde, pois estou terminando o curso de técnico de enfermagem. Ele ainda tinha muito para viver. Eu queria que ele visse eu me formar, que participasse mais da vida do neto. Ele deixou filho de oito anos. A gente não teve como se despedir", afirma a filha.
Ana Luíza estava em casa quando recebeu uma mensagem de áudio da madrasta aos prantos pedindo que ligasse para ela. Na sala, estava o celular de sua mãe, ex-companheira de Cardoso. Ao verificar o aparelho, ela encontrou uma mensagem de áudio. "Me liga. Mataram o Cardoso", foi a frase que ouviu.
A filha afirma que imaginou que fosse mentira, algum engano. "A minha ficha ainda não tinha caído do que tinha acontecido", comentou.
A jovem soube, por meio da madrasta, que o enfermeiro ligou para a esposa, que estava no trabalho, afirmando que estava à espera dela do lado de fora do condomínio. No entanto, ao escutar tiros, encontrou o marido no chão. Ainda tentou socorrê-lo, mas Cardoso não resistiu.
Ana Luíza afirma que quer Justiça em relação à morte de seu pai e comenta que vai ao Departamento de Homicídios para buscar informações sobre o caso. Ela descreve o pai como uma pessoa muito boa como ser humano e como profissional. Cardoso deixa três filhos, sendo Ana Luíza e mais dois irmãos, um de 28 anos e o menor com 8 anos de idade, além de quatro netos.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a investigação sobre o caso é feita pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O POVO apurou que os pertences de Cardoso foram roubados. Além do aparelho celular dele, a família sentiu falta da documentação da vítima, que também foi levada. Os parentes enviaram imagens que mostram os criminosos abordando o enfermeiro.
Para a família e testemunhas da ação, Cardoso tentou mexer na pochete e os criminosos pensavam ser uma reação com arma de fogo. Nesse momento, atiraram e foram embora levando os pertences. Conforme moradores, seria comum a ocorrência de muitos roubos na área onde o latrocínio aconteceu.
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