Caso Hilux: mais dois PMs envolvidos no crime serão julgados em 2024

Julgamento foi marcado para o dia 4 de abril de 2024; crime aconteceu em 2007

20:37 | Jul. 25, 2023

Por: Bruna Lira
Caso Hilux - Julgamento do ex-PM acusado de tentativa de homicídio contra pessoas que estavam em uma Hilux em 2007 Na foto: Antônio Eduardo Martins Maia, ex-policial militar, réu durante o julgamento Foto: Kléber A. Gonçalves, em 21/05/2012 (foto: KLÉBER A. GONÇALVES)

Após quase 17 anos, mais dois policiais militares acusados de ‘metralhar’ o veículo onde estavam três turistas europeus e uma brasileira vão a júri popular. O crime, que ficou conhecido como “Caso Hilux”, ocorreu na Avenida Raul Barbosa, em Fortaleza, no ano de 2007. O julgamento dos policiais Marcelo Lima Alves e Francisco Eloy da Silva Neto está programado para o dia 4 de abril de 2024, às 8h30min, no 2º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua.

A dupla de agentes, pronunciada junto aos demais acusados, recorreu em todas as instâncias. A última decisão foi proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A data do júri foi publicada no Diário da Justiça, na última sexta-feira, 21.

Ao todo, oito policiais participaram da ação desastrosa que culminou nas quatro tentativas de homicídio. Os outros seis policiais militares, também acusados do crime, já foram julgados e condenados, cada um, a 24 anos de prisão, sendo eles Antônio Eduardo Martins Maia e Luiz da Silva Barbosa. Eles recorreram da sentença e o recurso aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça desde 2018.

Relembre o caso

Era noite quando o italiano Innocenzo Brancatti e a esposa dele à época tinham acabado de buscar um casal de amigos espanhóis no Aeroporto de Fortaleza, em uma Hilux de cor preta. O veículo em que eles estavam foi confundido com uma caminhonete S-10 vinho, que foi usada por criminosos durante um roubo a um caixa eletrônico, no bairro Passaré.

Mais de 20 tiros foram disparados pelos policiais contra a Hilux. Uma das pessoas que estavam abordo era o espanhol e piloto de aviões Marcelino Ruiz Campelo, que foi gravemente lesionado e ficou paraplégico de forma irreversível. A noiva dele não ficou ferida. Já o italiano também foi alvejado, mas foi socorrido ao hospital.