Homicídios: Fortaleza tem redução, mas Região Metropolitana apresenta aumento
Região Metropolitana apresentou aumento de 11,5% diz secretário da SSPDSA cidade de Fortaleza teve uma redução de 28,4% nos índices de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) no primeiro semestre de 2023; em todo o Estado, a diminuição foi de 7%. Os dado foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 4. Na Região Metropolitana de Fortaleza, porém, o registro foi de aumento.
Os CVLIs são as mortes violentas, que incluem casos de homicídios, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e feminicídio. Para o gestor da SSPDS, Samuel Elânio, a redução desses crimes é resultado de um trabalho integrado das forças de segurança e inteligência.
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O gestor da SSPDS citou três operações: Sinergia, que é da Polícia Civil do Ceará; Focus, da própria SSPDS; e a Arpo, da Polícia Militar do Ceará. São operações direcionadas por meio da Superintendência de Pesquisa (Supesp) que apontam os locais de ocorrência com maiores manchas criminais para reforçar as ações policiais.
Conforme a pasta, 323 casos foram registrados na Capital nos seis primeiros meses deste ano, contra 451 no mesmo período de 2022. Esse foi o melhor resultado semestral de Fortaleza desde 2009.
A queda também aconteceu no comparativo mensal do mês de junho. Os números caíram de 69 para 44 casos. Uma redução de 36,2%.
No estado do Ceará, o número de CVLIs diminuiu de 1.481, em 2022, para 1.377, em 2023. No quadro mensal, a diminuição em junho foi de 3,3%, em relação ao ano passado.
A pasta ainda divulgou prisões da Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Organizadas (Draco) que realizou 104 prisões neste primeiro semestre, sendo 13 de pessoas apontadas como responsáveis por chefiar organizações.
RMF apresenta aumenta de 11,5%
A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou aumento das mortes violentas em 11, 5%. Conforme Samuel Elânio, a RMF foi a única área com aumento de CVLI no semestre. Apesar da situação, o gestor comentou que houve atenção a toda Região Metropolitana, como com Cascavel, Caucaia, Pindoretama e Maracanaú, inclusive com o auxílio da Superintendência de Pesquisa.
O POVO verificou que, de janeiro a maio deste ano, foram registrados 350 casos de mortes violentas na RMF, com Caucaia apresentando o maior número de óbitos: 14 mortes em janeiro, 15 em fevereiro, 16 em março, 13 casos em abril e 24 em maio. De um mês para outro foram 84% de aumento, quase o dobro de casos.
Nordeste: secretarias da Segurança de PE, CE E BA trabalham no combate dos CVLIs
Samuel Elânio destacou que se reuniu com o secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), Carlos Renato Machado Paim, e com representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Conselho Nacional de Secretários da Segurança Pública (Conesp), além dos gestores de Segurança Pública da Bahia e Pernambuco.
O principal assunto foi as ações de repressão aos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI). As secretarias se uniram para o combate aos CVLIS no Nordeste com o foco em uma atuação conjunta dos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará.
Crimes de feminicídio
Entre outras iniciativas, Samuel Elânio comentou sobre os casos de feminicídio, que são atendidos pelo COPAC e pela patrulha Maria da Penha. Conforme o gestor, em maio houve redução "significativa de feminicídio desde 2019". A declaração é em relação a redução de 77,8% nos CVLIS contra mulheres, os dados não especificam se os crimes são de feminicídio.
Conforme o gestor, há um trabalho integrado com a Secretaria das Mulheres e etá em andamento a abertura de núcleos de apoio as mulheres no Interior do Ceará, onde não há delegacia da mulher e onde tem delegacia da mulher, há determinação do Ministério da Justiça, para que a Delegacia da Mulher funcione 24 horas. Haverá efetivo para colocar policiamento onde tem mais incidência de feminicídios.
A PMCE está em processo de aquisição de 100 viaturas para Polícia Militar e há efetivo para Polícia Civil para o curso de formação, aproximadamente 600 a 700 anos, que vão ajudar no atendimento as mulheres nas delegacias.
Câmeras corporais até o fim do ano
Além disso, Samuel Elânio apontou que haverá a implementação de câmeras corporais até o fim do ano, iniciando pela Polícia Militar. Ele afirma que as câmeras são uma determinação do governador Elmano e que a Secretaria da Administração Penitenciária apresentou testes sobre a ferramenta e a SSPDS pode vir a utilizar a mesma tecnologia.
Colaborou Jéssika Sisnando
Atualizada às 18h39min