Chacina do Curió: defesa diz que réu condenado não retornará ao Brasil neste momento
O nome de Antônio José Abreu foi inserido neste domingo, 25, no banco nacional de mandados de prisão. O advogado Delano Cruz diz que a apelação suspende os efeitos da condenaçãoO advogado Delano Cruz informou que Antônio José de Abreu Vidal Filho, um dos quatro réus condenados no primeiro julgamento da Chacina do Curió, só retornará ao Brasil quando o processo transitar em julgado. O policial foi considerado culpado pelos 11 homicídios do massacre ocorrido na madrugada de 12 de novembro de 2015.
Além da condenação de 275 anos e 11 meses de prisão — igual à dos outros policiais —, Vidal teve ainda um mandado de prisão preventiva expedido em seu desfavor. O colegiado de juízes solicitou a inclusão do nome dele na difusão vermelha da Interpol. A decisão também solicita a exclusão dele do cargo público de policial militar do Ceará.
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Para a defesa, a apelação suspende os efeitos da condenação e Vidal só volta ao Brasil após o trânsito em julgado, que ocorre quando não há mais possibilidade de recurso. O entendimento atual da Justiça brasileira é que isso ocorre quando o processo chega ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O POVO verificou que o nome de Vidal foi inserido no Banco Nacional de Mandados de prisão neste domingo, 25. A Justiça também solicitou a perda do cargo público na Polícia Militar do Ceará. De acordo com o advogado, ele estava licenciado para acompanhar familiares e mora há três anos nos EUA. Os depoimentos deles ocorreram por meio de videoconferência.
Delano Cruz afirma ainda que a defesa técnica apresentará um recurso de apelação pedindo um novo júri. O advogado entende que a decisão foi contrária a prova dos autos. "Não há nos autos prova capaz de induzir que o sd (soldado) Vidal estivesse nas cenas dos crimes", afirma.
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