Homem é autuado por pescar tubarão no Cais do Porto: "Não sabia que estava em extinção"
Pescador foi autuado por crime ambiental. Tubarão-cabeça-chata é espécie ameaçada de extinçãoUm tubarão-cabeça-chata foi retirado do mar por um pescador no Cais do Porto, em Fortaleza, nessa terça-feira, 20. A espécie está classificada como “vulnerável de extinção", e a pesca é ilegal. Pescador foi detido em flagrante e depois solto.
O Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA)da Polícia Militar do Ceará (PMCE) patrulhava a região da Praia do Serviluz quando soube da pesca do animal.
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Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que as equipes encontraram o animal, de aproximadamente 1,80 metro, morto na faixa de areia.
Agentes das Polícias Militar e Civil agiram em conjunto para dar voz de prisão ao pescador Adriano Firmino, conhecido como “Banana”, ainda na manhã de terça. Ele foi conduzido à Delegacia de Proteção do Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante.
A espécie, comum na fauna cearense, só teve a pesca considerada crime em todo o território nacional recentemente. Em suas redes sociais, Adriano explica que só soube dos riscos que o tubarão enfrenta quando foi conduzido à delegacia e que, ele, assim como todos os pescadores da região, têm preocupação com o meio-ambiente.
“Não sabíamos que essa espécie estava em extinção. Faltou um comunicado dos órgãos competentes para nos avisar, nós pescadores somos leigos. Isso não vai se repetir, eu sou um defensor do meio-ambiente”, disse Adriano Firmino, em publicação no Instagram.
Canal do Youtube
O pescador tem um canal no YouTube onde divulga sua rotina, os pescados, as vitórias e as derrotas do seu trabalho. Com mais de 500 seguidores, “Banana Pescador Artesanal” produz vídeos há quatro meses e engaja a comunidade de pescadores e interessados na rotina.
O perfil na rede social tem cerca de 55 mil visualizações, divididas entre os 87 vídeos já publicados, segundo a plataforma. Os comentários em suas redes sociais incentivam a produção do conteúdo, que muitas vezes tem a participação de outros pescadores.