Três PMs suspeitos de estupro em viatura têm prisão requerida em Fortaleza
Pedido aguarda decisão judicial. Caso aconteceu em janeiro de 2022A prisão de três policiais militares suspeitos de um crime de estupro de vulnerável foi requerida no Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga o caso. A informação foi publicada na edição da última quinta-feira, 15, do Boletim do Comando Geral (BCG) da Polícia Militar. Agora, a Justiça decidirá pela prisão após manifestação do Ministério Público Estadual (MPCE).
O caso aconteceu em 23 de janeiro de 2022, por volta de 0h31min, no bairro Conjunto Ceará. Conforme O POVO noticiou à época, a vítima relatou que esperava um carro por um aplicativo quando os militares se aproximaram e começaram a conversar com ela.
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Os PMs ofereceram uma carona à mulher alegando que o destino dela estava na rota que eles fariam. A mulher aceitou a carona, e os agentes a conduziram para uma estrada de barro. No local, eles ordenaram que ela descesse e a conduziram para o xadrez da viatura.
“A declarante afirma que os três policiais estavam com as calças baixas e passaram a ter relações revezando entre eles no momento do ato sexual”, consta na portaria publicada no BCG. A vulnerabilidade da vítima se caracterizou por ela estar sob efeito de álcool.
Após o crime, ela foi deixada na casa de uma amiga, para quem contou o caso. Em seguida, elas procuraram uma unidade policial para denunciar o caso. Exame realizado no dia 23 de janeiro deu positivo para a prática sexual.
Perfil genético masculino encontrado no exame não foi comparado com o dos suspeitos porque eles se negaram a realizar exame de DNA. Os PMs também utilizaram do direito constitucional de permanecer calados durante a investigação.
“Diante da gravidade dos fatos ora apurados, envolvendo 03 (três) policiais militares de serviço, em viatura operacional da Polícia Militar, REPRESENTA- SE pela PRISÃO PREVENTIVA, por força da aplicação do Art. 255, “c” e “e”, do Código de Processo Penal Militar, combinado com o artigo Art. 312, do Código de Processo Penal”, consta na portaria do BCG.
Os PMs indiciados são o subtenente Raimundo Flávio Barros e os soldados Israel Pablo dos Santos e Carlos Henrique da Rocha Rodrigues. Eles seguem afastados do patrulhamento das ruas, realizando apenas serviços administrativos. O caso também é investigado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).