Saiba quais são as acusações feitas contra professor preso por crimes sexuais em Fortaleza

Professor teria insinuado que alunos poderiam ter notas melhoras em troca de favores sexuais, denunciou o familiar de uma das vítimas

16:28 | Jun. 16, 2023

Por: Lucas Barbosa
Prisão foi realizada pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) (foto: Divulgação/Polícia Civil)

O professor preso nessa quarta-feira, 14, suspeito de tentativa de estupro e assédio sexual contra alunos começou a ser investigado após um caso de assédio ocorrido em novembro de 2022. Um mandado de prisão preventiva foi cumprido contra o suspeito em uma residência do bairro Vila Velha.

Conforme O POVO mostrou em maio último, os crimes teriam ocorrido contra, pelo menos, cinco alunos. Familiar de uma das vítimas, de identidade preservada, relatou que os abusos ocorreram após o professor chamar o grupo sob pretexto de conversas sobre as notas deles, que estariam baixas.

Lá, o professor teria abordado os meninos de forma individual, deixando os demais esperando. Aos meninos, ele passou a insinuar que "se o aluno fosse legal" poderia ajudá-los de outra forma. "O familiar da vítima conta que, após isso, o professor tentou fazer com que os estudantes pegassem no órgão genital dele, entre outros comportamentos sexuais", publicou O POVO em matéria de 13 de maio.

Os alunos procuraram a direção da escola e o professor foi a afastado. Entretanto, conforme afirmou a fonte ouvida por O POVO, os pais não foram procurados pela instituição para a comunicação do fato. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que "Escutas qualificadas dos estudantes, seus responsáveis e escola têm sido realizadas junto aos agentes da Célula de Mediação Social e Cultura de Paz da SME", com o objetivo de “realizar a apuração dos fatos, acolhimento dos alunos, e orientação aos familiares”.

Além de assédio sexual e tentativa de estupro, o mandado de prisão também aponta os crimes de “Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente” e “Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.

O professor também foi enquadrado no parágrafo 2º, inciso terceiro do artigo 240, que prevê aumento da pena em um terço em casos em que há existência de relação de autoridade do autor do crime para com a vítima.