Parada LGBT de Fortaleza estima reunir até 1 milhão de pessoas

O tema escolhido para este ano é "Vraaahh!!! Todes nas lutas por políticas públicas: por quem se foi, por quem está e por quem virá!"

No próximo dia 25 de junho, acontece a 22ª edição da Parada pela Diversidade Sexual, na avenida Beira Mar, em Fortaleza. A programação é gratuita e aberta a quem se interessar em participar do evento, que estima reunir até 1 milhão de pessoas.

O tema escolhido para este ano é “Vraaahh!!! Todes nas lutas por políticas públicas: por quem se foi, por quem está e por quem virá!”, planejado com base nos debates com movimentos LGBTQIAPN+ cearenses e reverbera a necessidade da implementação de programas e abordagens voltadas às populações lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e diversas outras identidades de gênero e orientações sexuais.

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A presidente do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), Dary Bezerra, pontua que o público LGBTI+ possuem necessidades que demandam do poder público uma abordagem mais humanizada.

“Não dá pra olhar para uma travesti negra da mesma forma que se olha para uma mulher cisgênera branca. São realidades muito diferentes. É preciso promover equidade nos acessos e qualificar os serviços. Porque nós não queremos apenas estar vivas. Queremos dignidade! E qualidade de vida só se conquista com política pública especializada no que nós necessitamos”, diz.

A temática deste ano se alinha ao da Parada do Orgulho LGBTI+ de São Paulo, que reuniu cerca de quatro milhões de pessoas no último domingo. O evento teve como abordagem “Políticas Públicas para LGBT+: queremos por inteiro e não pela metade”. A programação com mais informações da marcha no Ceará será divulgada nos próximos dias, assim como os últimos detalhes de organização sejam definidos com a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado.

“Historicamente, a pauta das pessoas e dos movimentos LGBTI+ foi reduzida ao HIV/aids e à hormonização. Mas nós somos muito mais do que isso", afirma Labelle Silva, diretora do Grab.

"Quando reivindicamos políticas públicas para nós, estamos falando do combate ao bullying na escola, que nos retira a educação; estamos falando de políticas afirmativas para ingresso e permanência no ensino superior, que nos garante formação qualificada; estamos falando da empregabilidade, que nos assegura independência financeira; estamos falando de direito à moradia, que nos afasta da situação de rua etc. O corpo LGBTI+ tem tantas necessidades quanto qualquer outro. E essas necessidades precisam ser supridas”, completa.

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